Cada gravidez é única

22 de Fevereiro de 2016

Sabe aquela história de que cada gravidez é única? Pois, é comprovadamente verdade. No último sábado completei 36 semanas de gestação da Maria Júlia e até agora, final do 8º mês, já pude sentir muitas diferenças entre uma gravidez e outra.

Primeiramente, engravidei rápido da Maria Eduarda. Parei de tomar o anticoncepcional e naquele mesmo mês engravidei. Já da Maria Júlia, descobri a endometriose e se passaram cinco meses até engravidar (posts aqui e aqui), o que sem dúvida gerou muita ansiedade.

No primeiro trimestre de gestação da Maria Eduarda, ficava enjoada todas as manhãs e o enjoo piorava ao escovar os dentes. Da Maria Júlia, quase não enjoei, e nas pouquíssimas vezes que enjoei foram enjoos arrebatadores.

Na primeira gravidez, minha pressão arterial não sofreu alteração. Já na segunda, descobri a hipotensão, que causa boca seca, mãos geladas, visão escurecida. Das vezes em que minha pressão arterial caiu abruptamente senti uma moleza tão grande que tive a sensação de desmaio, fazendo com que me deitasse e adormecesse profunda e rapidamente. A hipotensão também me fez sentir ânsia e dor de cabeça.

Outra sintoma diferente da primeira gestação, é a dor ou sensibilidade na região do umbigo, sintomas normais e comuns no final da gestação, mas que desconhecia até então.

Algo que também me preocupou sentir na segunda gestação e que não senti na primeira, é uma dor aguda na barriga ao movimentar-me, principalmente quando deitada. O obstetra me explicou que trata-se de uma distensão muscular na região do abdômen e receitou-me um medicamento caso a dor aumentasse ou persistisse. Mas, por via das dúvidas, optei por tomar a medicação somente em situações extremas, que posso dizer que foram duas ou três vezes.

Durante a primeira gestação tive a famosa linha nigra, aquela marca que divide a barriga ao meio apenas na gravidez e que aparece devido ao aumento do estrogênio e também pela distensão abdominal para acomodar o crescimento do útero e do bebê. A linha  nigra não apareceu desta vez.

Encontrar uma posição para dormir também se tornou algo mais difícil nesta segunda gestação, uma vez que dormir de barriga para cima tem me causado falta de ar pela compressão da veia cava, responsável por trazer parte do sangue circulante de volta ao coração.

Outro diferente sintoma é o cansaço. Tenho me cansado muito mais nesta gestação do que na primeira. Talvez, porque agora tenho um serzinho lindo de 6 anos, cheio de energia, para dar atenção e cuidar. Contudo, quase não tenho tempo para descansar e de ter aqueles momentos deliciosos que tive durante a gestação da Maria Eduarda, de colocar os pés para cima e relaxar.

Cada gravidez é única

Em contrapartida, livrei-me do medo da dor do parto. De tanto ler sobre o assunto e assistir a depoimentos, me sinto preparada para o trabalho de parto e estou muito mais confiante na equipe profissional que escolhi para me apoiar neste momento do que na primeira gestação.

Estou menos ansiosa com os preparativos para a chegada do bebê, como enxoval, escolha da maternidade, lembrancinhas e enfeite da porta da maternidade. Diferente da primeira gestação, sei que todo e qualquer detalhe pode vir a faltar na chegada da Maria Júlia, com exceção de alimento e amor.

E desta vez, embora me sinta mais cansada, me sinto muito mais forte. Sei que estou saudável e que embora esteja com os movimentos limitados e que devo policiar-me para não esforçar-me além da conta, me sinto capaz de conduzir minhas atividades até que a Maria Júlia decida vir ao mundo.

E você, mamãe de segunda ou mais viagens, quais as diferenças sentiu entre as gestações?

Um abraço,

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