O Blog Desafio Mamãe foi criado após a descoberta da alergia à proteína do leite de vaca (APLV) da minha filha quando ela tinha 3 anos. A partir daí, decidi compartilhar com leitores de vários cantos do país resenhas de produtos para alérgicos à proteína do leite de vaca e informações sobre esta alergia, no intuito de ajudar pais de crianças alérgicas ou pessoas alérgicas que passam pela mesma situação. E, procurando recentemente por um post do Blog em que explico o que é a APLV, percebi que nunca escrevi um post em que explicava o que é esta alergia.

APLV: Alergia à Proteína do Leite de Vaca

“A APLV é um tipo de alergia alimentar (AA), reação anormal do sistema de defesa do organismo às proteínas dos alimentos. Proteína é um tipo de nutriente presente em quase todos os alimentos e indispensável ao organismo, pois após sua absorção será utilizada para a produção de enzimas, hormônios, tecidos, músculos, outras proteínas presentes no sangue, etc. Elas são moléculas grandes constituídas por um conjunto de aminoácidos ligados entre si. Essas moléculas possuem algumas regiões chamadas de epítopos, formada pela ligação de alguns aminoácidos. Esses epítopos são as regiões mais alergênicas das proteínas alimentares, ou seja, os principais locais que o sistema imunológico reconhece a proteína como “inimigo”. Após consumir um alimento, as enzimas digestivas presentes no estômago e no intestino irão digerir suas proteínas em porções muito pequenas, com um, dois ou três aminoácidos para que possam ser absorvidas e chegar à corrente sanguínea.

Os aminoácidos livres não causam alergia, pois o epítopo é formado pelo conjunto de aminoácidos ligados entre si. Muitos indivíduos podem absorver um epítopo, sem que a proteína seja completamente digerida, mas o organismo desenvolve tolerância e não reage a elas.

Porém, se a pessoa com predisposição genética a alergias absorver um epítopo de uma proteína alergênica seu sistema de defesa irá reconhecê-lo e produzirá anticorpos IgE específicos e/ou células inflamatórias que acarretarão em reações alérgicas.

Os oito alimentos mais alergênicos são: leite de vaca, soja, ovo, trigo, peixe, frutos do mar, amendoim e castanhas.

A APLV é uma reação do sistema imunológico às proteínas do leite, principalmente às proteínas do coalho (caseína) e às proteínas do soro (alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina).

A alergia à proteína do leite de vaca é o tipo de alergia alimentar mais comum na infância.

Fonte: www.alergiaaoleitedevaca.com.br

Descrevi como descobri a alergia à proteína do leite de vaca da minha filha no post “A descoberta da Alergia à Proteína do Leite de Vaca – APLV“, publicado no mês de inauguração do Blog Desafio Mamãe.

Hoje tenho a informação de que ao invés do leite de soja, podíamos ter recorrido ao Estado que tem o dever de assegurar a todos os cidadãos o direito à saúde, disponibilizando os meios necessários ao tratamento adequado para garantir melhor qualidade de vida, fornecendo fórmulas infantis especiais para crianças com comprovação da APLV. Saiba mais, aqui.

E, conforme fui pesquisando sobre a APLV na internet e me especializando nos rótulos de alimentos, escrevi posts na intenção de ajudar as mamães novatas neste universo, são alguns deles:

Após um ano em dieta de exclusão de alimentos que contém proteínas do leite de vaca, iniciamos o teste de provocação (leia o post completo, aqui) com a  liberação dos alimentos antes proibidos para avaliar a reação da minha filha. Até hoje, quase 10 meses após o início do teste de provocação, minha filha não tem mais apresentado reações alérgicas às proteínas do leite de vaca.

Mas, até hoje, continuo cumprindo a missão de trazer informações sobre esta alergia no intuito de disseminar informações sobre a APLV, incluindo dicas de receitas e produtos industrializados sem proteína do leite de vaca.

Se desejar, há algumas formas de contribuir com o Blog Desafio Mamãe:

  1. Deixe aqui a sua indicação de profissional da saúde com o qual seu filho alérgico à proteína do leite de vaca faz tratamento.
  2. Envie-nos dicas de produtos sem leite de vaca.
  3. Envie-nos sua receita sem leite de vaca.

Envie o seu e-mail para desafiomamae@gmail.com.

Um abraço,

Mari.

Giz escolar tem leite de vaca

11 de Fevereiro de 2015

Giz escolar tem leite de vaca

O primeiro dia de aula deixa muitos pais aflitos, mas esta aflição tende a passar rápido. Porém, para os pais de crianças alérgicas à proteína do leite de vaca a aflição é ainda maior, pois todo ambiente sem controle do leite de vaca torna-se um ambiente ameaçador para a saúde do seu filho(a). Além do leite de vaca que está presente na alimentação dos demais alunos, para os alérgicos mais um vilão é o pó do giz, que abriga em sua composição a caseína, uma proteína do leite de vaca.

Há professores que optam por usar giz sem pó para manter as mãos e as salas de aula limpas. Mas, mesmo os gizes que são rotulados como sendo anti-pó ou sem pó ainda liberam pequenas partículas no ar. Quando as crianças alérgicas inalam partículas de giz contendo caseína, podem ocorrer ataques de asma com risco de vida e outros problemas respiratórios.

Mesmo com o advento de lousas, retroprojetores e tablets, o giz é um item em sala de aula que provavelmente não será extinto em breve. Pais com crianças alérgicas ao leite, orientem seus filhos a sentar-se na parte de trás da sala de aula, onde eles são menos propensos a inalar o pó de giz.

É muito importante para a saúde de crianças alérgicas que os professores e diretores da escola tenham a consciência sobre a doença do aluno e saibam identificar uma reação alérgica. Hoje em dia, não é mais suficiente que apenas os pais estejam orientados e preparados para prevenção e tratamento dessas reações. O ideal é que familiares e a escola estejam esclarecidos e adotem atitudes e posturas de prevenção, como o uso de quadros brancos com caneta hidrográfica para inibir o contato dos alunos com alergia à proteína do leite de vaca com o giz escolar.

Fonte: Emedix

Volta às aulas com estudantes com APLV? Não deixe de:

  • Informar a escola sobre a alergia antes mesmo da efetivação da matrícula;
  • Ressaltar a importância dos professores terem sempre em mãos os telefones de contato dos pais ou familiares que podem se dirigir à escola com velocidade em caso de emergência;
  • Comunicar a escola sobre o medicamento de uso imediato em caso de reação alérgica.
  • Informar o plano de saúde e o número da carteirinha para que diante de qualquer ocorrência, a criança seja imediatamente submetida a atendimento médico;

Um abraço,

Mari.

App Alergia Alimentar

6 de Janeiro de 2015

App Alergia Alimentar

O app Alergia Alimentar foi desenvolvido para o acompanhamento de crianças com alergias alimentares, facilitando o dia a dia das mamães no mercado e na consulta ao pediatra, por exemplo. Mas, ainda está longe de atingir seu principal objetivo.

De acordo com o depoimento de diversos usuários (e contando com a minha própria experiência), mesmo após digitar todos os dados da criança não é possível realizar o cadastro, pois é exibida uma mensagem de erro solicitando que todos os dados sejam preenchidos. Com isso, não é possível fazer o acompanhamento gráfico da curva de crescimento e registrar o diário de sintomas.

A consulta de alimentos com leite/derivados é pobre. Só consegui consultar o alimento “leite”.

Outra usuária buscou por receitas sem ovo e o aplicativo trouxe receitas com ovo.

Não testei a funcionalidade que permite compartilhar em um mapa integrado com Foursquare os lugares livres de alérgenos e ver a recomendação de outras mães, criando uma rede de restaurantes e lojas amigas da alergia alimentar.

Achei a ideia ótima e tenho certeza de que o aplicativo ajudaria milhares de pais e mães de crianças com alergia alimentares. Por isso, tomei a iniciativa de enviar e-mail para o SAC da Danone solicitando melhorias no aplicativo.

Envie você também um e-mail para sac@danonenutricao.com.br contando sua experiência. Quem sabe não conseguimos que o aplicativo em prol das crianças com alergias alimentares receba maior atenção e passe a funcionar corretamente, não é mesmo?

Um abraço,

Mari.