Grávida da minha primeira filha, uma amiga recomendou-me a leitura do famoso livro Nana Nenê, pois ela leu durante sua gravidez e os métodos praticados funcionaram para ela e sua família. Mas, por mais bem intencionada que minha amiga pudesse estar, posso dizer que “sofri” as consequências do método, mais especificadamente em relação ao assunto amamentação.

Durante a leitura, pude perceber de que se tratava de um livro um tanto “desatualizado”, por sugerir que em momentos de calma a mãe praticasse o ato da costura, por exemplo, algo não praticado pela grande maioria das mamães da minha geração. Também não absorvi as sugestões do livro quanto às rotinas para colocar o bebê para dormir, principalmente deixando o bebê chorar sozinho. No entanto, pratiquei as sugestões quanto à amamentação, e assim estabeleci uma rotina de amamentar de 3 em 3 horas.

Hoje vejo que por diversas vezes minha filha apresentou sinais de que estava com fome, como por exemplo, chorar após a mamada ou ainda antes do “horário estabelecido”. Contudo, dava de mamar de 3 em 3 horas e cada mamada durava, em média, cerca de 1 hora. E, eu não amamentava simplesmente por achar que o choro poderia ter outra causa, uma vez que não era a “hora” da mamada.

Se não bastasse o estabelecimento de uma rotina para a amamentação, também sofri de ansiedade pós-parto, como contei no post Desmame precoce. Assim, com apenas um mês de vida, o pediatra da minha filha recomendou que oferecêssemos complemento após a amamentação, e no dia em que a minha filha completou 2 meses, meu leite secou completamente.

O terceiro, e último, fator que prejudicou a amamentação da Maria Eduarda foi a vergonha de amamentar em público. Por isso, tanto quando recebíamos visitas ou estávamos fora de casa, desejava que a amamentação durasse o menor tempo possível. Não duvido que a minha ansiedade passava para o meu bebê e que assim ela não se alimentou como necessitava.

Hoje, desejo amamentar a Maria Júlia em livre demanda, respeitando as necessidades do bebê, sem a definição de horários para a amamentação. E, pensando na vergonha que sentia em amamentar minha primeira filha em público,  incluí no enxoval da Maria Júlia uma capa para amamentação.

Escolhi a capa para amamentação da marca Baby Moment, estampa corujinha safari. A capa possui gola rígida para manter o contato visual da mãe com o bebê, possibilita ventilação e conforto térmico.

Capa para Amamentação

Se eu gostaria de testar uma capa de amamentação? Não, gostaria de me sentir à vontade para amamentar em público. Mas, enquanto isso não acontece, testarei o produto e trarei a resenha para vocês. E como diz a música da Rita Lee: “um dia eu quero ser índio“!

Um abraço,

Hora do Mamaço 2015

E olha eu aqui de novo falando sobre Maternidade e Carreira (mais posts aqui e aqui). Hoje, venho falar sobre a Hora do Mamaço 2015, o Evento Oficial da AMS Brasil que traz um tema importantíssimo: “Sim, nós podemos! Trabalhar e Amamentar: só basta apoiar!

Orientações Gerais:

  1. Realização de PEQUENAS PASSEATAS em locais estratégicos com faixas e cartazes, pedindo o Aumento da Licença Maternidade;
  2. As mães poderão enviar fotos dos seus trabalhos nos mais diversos momentos: ordenhando, amamentando o bebê antes de sair, na volta do trabalho, na hora do almoço, ou em salas de amamentação (se houver);
  3. Cada cidade enviará UMA foto da passeata em preto e branco que será a OFICIAL;
  4. O cadastro da cidade pode ser com uma foto do GRUPOS RESPONSÁVEL pela Hora do Mamaço em sua cidade (favor colocar a foto no grupo na página OFICIAL do movimento no FACEBOOK);
  5. Se a passeata ocorrer em ruas ou avenidas, solicitar PREVIAMENTE o apoio e autorização da Companhia de Engenharia de Tráfego de sua cidade e a Polícia Militar.

DATA: 01 de Agosto (Sábado)

Todas as orientações serão afixadas no Blog e na Fan Page Oficial do Movimento.

Qualquer dúvida e apoio, entrar em contato com: Simone De Carvalho

E-mail: simone_cordeiro@hotmail.com
Twitter: @LMSolidario #horadomamaco (hastag on Twitter)

Participe!

Um abraço,

Mari.

Na época em que minha filha nasceu, sempre lia ou ouvia a recomendação do Ministério da Saúde sobre o aleitamento materno até os 6 meses de idade. Em agosto de 2014 houve o lançamento da Campanha Nacional de Amamentação como o tema “Amamentação. Um ganho para a vida toda” pelo Ministério da Saúde que incentiva a prática em crianças até os 2 anos de idade. Contudo, no Ocidente, a amamentação prolongada costuma enfrentar alguma oposição quando ocorre em uma criança de mais de 1 ano.

De acordo com o site Baby Center Brasil (leia o artigo completo, aqui), os benefícios emocionais e físicos da amamentação prolongada são muitos, e por isso você não deve permitir que a pressão dos outros para você parar de dar de mamar saia ganhando. Não existe hora certa de desmamar: a decisão deve ser tomada em conjunto com o pediatra, levando em conta a situação de cada criança e de cada família. São fatores a ser considerados: o desenvolvimento físico da criança, a facilidade de aceitar outros alimentos e a disponibilidade da mãe, por exemplo.

A colaboradora Mariana Moraes, mamãe do Fernando (o mais velho) e dos gêmeos Eduardo e Guilherme, dona do Blog Clube da Papinha, de Ribeirão Preto, autorizou a publicação do seu lindo e inspirador relato sobre a amamentação prolongada do Fernando.

“E eu, que falei tanta bobagem de amamentação antes do Fernando nascer, estudei muito sobre o assunto no final da gestação e descobri as maravilhas do leite materno e da amamentação.

Amamentar não é fácil como nas novelas e filmes, o começo é complicado, cada mãe tem suas dificuldades. A nossa foi o leite abundante, talvez devido às 12 horas intensas de trabalho de parto. A auréola era muito grande e a boquinha do bebê muito pequena. Sofremos, mas conseguimos! Com muito carinho e também com a ajuda de uma doula querida, a Helena Junqueira, retirava o excesso de leite antes das mamadas para acertar a pega e doava para o banco de leite materno. Conquistamos a amamentação exclusiva por 6 meses!

Tem dias que quando a gente amamenta se sente um ser iluminado, sente a energia daquele momento e… tem vontade que aquilo seja eterno! Tem dias que estamos muito cansadas e desejamos desmamar: isso é natural. São muitos os obstáculos no caminho! O apoio de amigas queridas e grupos de amamentação são de grande valia quando o mundo te pressiona para desmamar porque seu bebê já tem mais de 6 meses ou porque ele já tem dentinhos.

Eu voltei a trabalhar e o Fernando foi para a escolinha. Todos os dias eu ia amamentar no horário do almoço e enviava leite materno. Era lindo ele tomando o leite materno de canudinho! Ordenhei leite por aproximadamente 6 meses e ele, espontaneamente, deixou de tomar o leitinho e passou a tomar suco. Com pouco mais de um ano e meio, ele também parou de mamar no horário do almoço, ficava até bravo comigo, porque insistia em oferecer. Fui por uns dias e como ele decididamente não queria mais, acabei parando de ir, pois o horário era realmente muito ruim para os dois (já era horário da sonequinha dele).

Não posso deixar de registrar que participamos de uma linda campanha de amamentação e duas vezes da hora do mamaço, o que me faz ter muito orgulho!

Seguimos, conquistamos também a amamentação prolongada por 2 anos. Pensei em desmame, tentei algumas técnicas de desmame respeitoso, mas a verdade é que não me sentia à vontade e retroagia. Assim que completei 6 semanas de gestação do meu segundo(a) bebê ele desmamou… e logo o ciclo se repete, se reinicia! Um viva para o precioso leite materno e um viva pra todas vocês que de alguma forma colaboraram nessa linda jornada!

Fernando mamou por 2 anos e 4 meses <3.”

Amamentação Prolongada

Foto de: Mariana Rosa – Fotografia

Aqui no Blog Desafio Mamãe, já falamos sobre dois grupos de apoio à amamentação, neste post aqui e aqui. E já falamos sobre a hora do mamaço aqui. Infelizmente minha filha mamou por apenas dois meses (como contei aqui), mas me sinto preparada para fazer tudo diferente quando meu marido e eu pensamos em ter o segundo filho.

Deseja ver o seu relato de Amamentação Prolongada aqui no Blog? Envie seu depoimento para a gente, Seja Colaboradora.

Um abraço,

Mari.