Há 120 dias o coronavírus chegou para bagunçar a nossa rotina. Mas, além da COVID-19, as crianças pequenas sentem ou sentirão medo de algo em algum momento de sua vida, como por exemplo, medo do escuro, medo de perder a mãe e medo de monstro. E, cabe a nós, aprender a detectar e deixar os pequenos mais tranquilos nessa hora.

No post de hoje, a fonoaudióloga e especialista em linguagem e desenvolvimento infantil Raquel Luzardo nos explica porque as crianças sentem medo e nos ensina como lidar com o medo infantil.

Crédito da imagem: Freepik

“Esses medos não serão originados necessariamente por causa de uma história, de uma situação experimentada ou de um mito. Esses elementos servirão apenas de isca para que o medo surja.

O medo faz parte da natureza humana. É um estado emocional que ativa os sinais de alerta do corpo diante dos perigos e uma importante etapa do amadurecimento afetivo das crianças. A tarefa dos pais é ajudá-los a lidar com os próprios temores, que tendem a florescer ainda mais nos primeiros anos de vida.

É na infância, sobretudo até os 5 anos, que uma série de temores aflora de maneira mais intensa.

Tomemos como exemplo o medo do escuro. De fato, é na imaginação da criança que reside o que nela lhe dá medo; o escuro apenas oferece campo para que essas imagens de sua imaginação ganhem formato, concretude.

É que, no escuro e em suas sombras, a criança pode “ver” monstros se movimentando e até “ouvir” os rugidos ameaçadores dessas figuras. No ambiente iluminado, tudo volta a ser a realidade conhecida porque a imaginação deixa de ter seu pano de fundo. Os rugidos dos monstros voltam a ser os sons naturais do ambiente. E as monstruosas imagens são diluídas pela claridade.

A criança precisa experimentar o medo desde cedo, pois essa é uma emoção que pode surgir em qualquer momento da sua vida e é melhor ela aprender a reconhecê-la logo na infância para, assim, começar a desenvolver mecanismos pessoais de reação.

A criança precisa reconhecer, por exemplo, o medo que protege, ou seja, aquele que a ajudará a se desviar de situações de risco. Paralelamente, precisa reconhecer o medo exagerado que a congela, aquele que impede o movimento da vida e que exige superação.

É experimentando os mais variados medos que a criança vai perceber e aprender que alguns medos precisam ser respeitados pelo aviso de perigo que dão, enquanto outros medos exigem uma estratégia de enfrentamento que se consegue com coragem.

A coragem, portanto, nasce do medo.

Na prática, o que se espera é que o pequeno aprenda a dominar seus temores e não ser dominado por eles, assim como acontece com os adultos. A diferença é que as crianças têm uma percepção mais inocente dos acontecimentos, uma imaginação bastante fértil e uma menor capacidade de discernimento dos fatos.

Muitas vezes, a criança procura sentir medo por gostar de viver uma situação que, apesar de difícil, ela pode superar. Quantas crianças não choram de medo depois de ouvir uma história e, no dia seguinte, pedem aos pais que a contem novamente?

O que pode atrapalhar a criança não é o medo que ela sente, e sim o medo que os adultos sentem de que ela sinta medo. Isso porque a criança pode entender que a consideram desprovida de recursos para enfrentar os medos que a vida lhe apresenta.

Para lidar com esse medo os pais devem conversar com a criança. Compreendendo o porque da criança ter medo do escuro, por exemplo, fica mais fácil explicar que a sombra na parede não é um fantasma, mas a sombra do galho da árvore que está do lado de fora.

Um erro do adulto é fazer a criança enfrentar o medo contra a sua vontade. Fazê-la expressar o medo que sente deixa a criança mais segura para enfrentar sua própria fantasia.

Sintomas

Identificar a origem ou mesmo a existência do medo infantil exige dedicação. É preciso estar atento aos sinais demonstrados pela criança e saber conversar com ela sobre o que lhe causa pavor.

O medo excessivo causa reações fisiológicas e comportamentais na criança. Coração palpitante, calafrios, suor nos pés e nas mãos, sono intranquilo, descontrole para fazer xixi, diarreia e dor de barriga são alguns dos indícios do problema. As reações comportamentais – inibição e agressividade – por sua vez prejudicam a rotina da criança, e podem se agravar e virar fobias, caracterizadas por reações exageradas que fogem ao controle da criança.

Medos comuns por idade

  • 0 a 18 meses – barulhos estranhos ou altos, luzes intensas, pessoas estranhas e riscos de quedas. O bebê chora ou fica irritadiço e agitado.
  • 18 a 36 meses – água, pessoas mascaradas (ex.: Papai Noel) e tudo o que for estranho à sua rotina. É importante saber que a zona de conforto do bebê está ligada à ordem.
  • 3 a 5 anos – fantasias assustadoras, como monstros e fantasmas. É a fase da imaginação fértil, que pode se intensificar na hora de dormir. Ela acontece por causa do desenvolvimento da massa cinzenta. Vale lembrar que a capacidade de imaginação aumenta à medida que ocorre o desenvolvimento biológico do cérebro.
  • a partir dos 6 anos – medos mais vinculados à realidade, como o de ladrões e o de acidentes em geral. A família deve transmitir a malícia necessária para a criança ter segurança. Nessa hora, é importante demonstrar como agir em uma piscina ou, então, o que fazer diante do assédio de estranhos.

Como lidar com o medo infantil

  • Dê atenção, questione e estimule a criança a enfrentar o medo irreal: ela encontrará sozinha uma solução para suas fantasias. Exemplo: a sombra na parede pode se transformar em uma aliada no confronto dos medos (em vez de causá-los).
  • Não gaste tempo demais falando sobre o assunto para evitar que a criança fique ainda mais ansiosa. Mude de tópico, distraia.
  • Fale a verdade sobre os medos reais para que a criança construa noções de perigo. Exemplo: ela tem de saber que escadas, piscinas e animais presos representam riscos. Mas faça isso sem aterrorizá-la.
  • Brinque com seu filho e entre na fantasia dele: experiências lúdicas ajudam os pequenos a lidar com seus anseios.
  • Bonecos e brinquedos treinam a criança para a vida. Os pequenos costumam representar em brincadeiras o sentimento de medo frente a uma situação real, como a ida a um hospital.
  • Ofereça objetos para ela se sentir mais segura, principalmente na hora de dormir sozinha. São os chamados objetos transicionais, que reduzem a ansiedade da criança durante a passagem da vida desperta para o sono. Pode ser o famoso ursinho, a boneca e até a mantinha. O importante é que ele tenha algo familiar à mão para enfrentar os temores na hora de dormir.
  • Jamais use o medo da criança como meio de poder: além de cruéis, ameaças de deixar o filho sozinho ou no escuro reforçam o medo.
  • Não assuste a criança com histórias de ogros, fantasmas, bruxas, etc., principalmente antes de dormir. Você tem que dizer-lhe que esses personagens somente existem nos contos e filmes.
  • Não ria dos temores que a criança expressa. Ridicularizar ou zombar do medo, diminuirá sua confiança. Frases como: “não seja bobo”, “crianças como você não devem ter medo disso”, ou “ não tem vergonha de ter esses medos…”, não contribuirão para diminuir o temor que ela sente. Pelo contrário, a desanimará a compartilhar seus temores.
  • Não transmita mais medo ao seu filho do que ele já tem. Ele necessita ter segurança e confiança. Não ignore seus medos. Não minta, por exemplo, dizendo-lhe que uma injeção não doerá ou algo parecido. Se mente sobre uma situação de medo, produzirá mais temor. Ajude-o a preparar-se para enfrentar a situação com verdade e honestidade.
  • Não obrigue seu filho a passar por situações que ele tem medo. Os medos não se superam enfrentando-se a situação de uma vez por todas. Em lugar de ajudar, algumas vezes isso intensifica o medo. Seu filho tem o direito de acostumar-se pouco a pouco com a situação que ele teme. Não o obrigue ver um filme do qual ele tem medo, ou que acaricie um cachorro que ele não gosta.
  • Não transmita seus temores pessoais ao seu filho. Se você tem medo de aranhas, seu filho pode sentí-lo. A forma como você enfrenta seus próprios medos dará ao seu filho o padrão a seguir para enfrentar situações similares.
  • Não o chame de covarde, ou infantil se o seu filho se mostra temeroso diante de qualquer situação. Não o ridicularize. Isso não o ajudará em absoluto. O fará sentir-se inseguro, necessitado de carinho, solitário e sem compreensão.
  • Não o obrigue a afrontar seus medos sozinho. Isso é um enorme erro. Nunca obrigue seu filho a entrar no seu quarto escuro se ele não quiser fazê-lo. Você provocará um aumento da sua ansiedade e contribuirá para esse medo aumentar e até perpetuá-lo. Além disso, o sentimento de não ser capaz de enfrentar a situação não o deixará sentir-se orgulhoso de si mesmo.
  • Não dê importância demasiada. Se cada vez que vê um cachorro, você se coloca entre seu filho e o animal e insiste que você o defenderá, a criança acabará pensando que todos os cachorros são realmente perigosos e não poderá superar seu medo.

Segredinhos para acabar com os monstros

Algumas brincadeiras ajudam a criança a dominar o medo do escuro como identificar as sombras na parede feitas pelas mãos ou as que aparecem no quarto, ou então adivinhar qual é o som no escuro e de onde vem.

Quando o medo aparecer é bom deixar um foco de luz aceso para que a criança se sinta mais segura e mais para frente apague esse foco, mas deixe uma lanterna sempre no mesmo lugar para que a criança possa acendê-la quando sentir medo. Bichos de pelúcia, travesseiros e brinquedos preferidos podem dar segurança e aconchego na hora de dormir.”

Raquel Luzardo, casada com o Yan e mãe do Gabriel, é Diretora da Clínica FONOterapia com atuação em atendimento infantil, orientação familiar e assessoria escolar.

Há tempos venho estudando e decidindo sobre o uso do âmbar nas minhas filhas de 10 e 3 anos de idade. Mas, o que é o âmbar?

O âmbar é uma resina 100% orgânica, que existe há milhões de anos, a partir de pinheiros do Mar Báltico. Essa resina contém uma substância chamada ácido succínico, que possui propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, cicatrizantes e imuno-estimulantes.

Porque decidi fazer uso do âmbar

Em setembro de 2019, a Maria Eduarda, nossa primogênita, foi diagnosticada com asma. E, em janeiro deste ano, a Maria Julia, nossa caçula, foi diagnosticada com sinusite.

Âmbar do Báltico é um ótimo remédio natural para o tratamento de doenças respiratórias como rinite, sinusite, bronquite e asma. Além de fortalecer o sistema imunológico e acelerar a cicatrização, reduz a inflamação da garganta, ouvido e estômago, combate a irritação, infecções e doenças respiratórias (uma vez que melhora a imunidade do corpo).

Além disso, é sabido que o âmbar possui propriedades que resultam em muitas mudanças agradáveis nos níveis psicológico, emocional e mental, capazes de ajudar no tratamento da ansiedade, do estresse e da depressão. Excelente também para crianças em fase de adaptação escolar, como é o caso da nossa caçula.

Contudo, cada vez mais mães usam o âmbar em seus bebês. Pois, além de lindos, é um remédio natural para o período do nascimento dos dentes do bebê, além de reduzir a febre e a inflamação no corpo e proporcionar noites mais tranquilas.

Este remédio natural também pode ser usado por adultos e até animais. Em mulheres, uma das indicações é no alívio dos sintomas da TPM, a tensão pré-menstrual. O âmbar não contém produtos químicos, nem efeitos colaterais.

Âmbar Original

Para uso das minhas filhas, escolhi colar e pulseira da Âmbar Oficial, uma empresa com foco na saúde e na beleza, a partir de diversas opções de modelos, tamanhos e cores, com a missão de proporcionar aos seus clientes um tratamento 100% natural e seguro.

Encontre aqui peças com qualidade e segurança diretamente da Lituânia, com o genuíno âmbar do Báltico a partir de um certificado de autenticidade.

COLAR DE ÂMBAR BÁLTICO PARA CRIANÇA
PULSEIRA E TORNOZELEIRA ÂMBAR BÁLTICO INFANTIL

Leia atentamente como usar o âmbar

  1. Uso externo;
  2. Uso diário;
  3. Remova o produto do pescoço ou do pulso (até os dois anos de idade) em todos os momentos de sono e enrole o produto no tornozelo do bebê;
  4. Remova o produto para tomar banho;
  5. Remova o produto para entrar na piscina;
  6. Armazene em local seco e fresco;
  7. Lave cuidadosamente e regularmente (recomenda-se a cada 15 dias) apenas com água corrente e seque com uma flanela limpa ou deixe secar naturalmente, à luz do sol;
  8. Jamais cesse um tratamento, promova um autodiagnostico ou substitua um medicamento receitado pelo seu médico, sem a orientação dele.

Âmbar Original

(19) 97122-9117

E-mail | Blog | Facebook | Instagram

Publipost

Um abraço,

De acordo com a obra do projeto Semeando valores: cultivando leitores, são considerados pré-leitores crianças de até 3 anos – idade em que começam, na maior parte dos casos, a desenvolver a linguagem oral.

Assim, pensando numa maior aproximação da minha caçula com os livros, foi criado o cantinho de leitura em seu quarto. Seu quarto que foi modificado recentemente, há cerca de 8 meses, como contei para vocês no post O quarto novo da Maria Julia.

Cantinho de leitura, à esquerda.

Ainda de acordo com a obra, um bom canto de leitura precisa apenas de um leitor, livros e um lugar confortável para acomodar o corpo. Mas é possível fazê-lo mais aconchante se partirmos dos mesmos elementos e acrescentarmos alguns. O arquiteto Ricardo Amado, que projeta espaços de leitura do Sesc, brinquedos e exposições, em conjunto com a psicóloga e diretora da Caleidoscópio Brincadeira e Arte, Adriana Klisys, dão as seguintes dicas:

  • O espaço deve ter o necessário para ser agradável, sem enfeites em excesso. É para ser introspectivo, menos é mais.
  • Pode ser no quarto ou fora dele, o importante é estar delimitado, ser um espaço único, reconhecível.
  • Se tiver luz natural, melhor.
  • Uma luminária ou um abajur também podem aumentar o conforto e facilitar a leitura.
  • Tapete no chão, almofadas e redes são ótimas pedidas para os pequenos. Para crianças maiores, que já leem obras de mais fôlego (acima de 6 anos), uma poltrona pode ser mais indicada.
  • É bacana simular uma cabana, um esconderijo, uma “toca”. As crianças adoram ter onde entrar para ler”, diz Ricardo Amado. Em casa, nem sempre é simples, mas ele recomenda tecidos pendurados no teto.
  • Livros sempre à mão das crianças e, se possível, com as capas viradas para a frente, para facilitar a escolha.

Com a minha filha mais velha, tínhamos em nossa rotina a hora da estória, na hora de dormir. Já com a minha caçula esta rotina está sendo implantada com maior dificuldade, pela interferência das necessidades da irmã com as lições de casa. Contudo, sigo firme com o propósito de termos em nossa rotina  momentos de leitura, com tempo para ouvi-la, mostrar as ilustrações, deixar que ela fale, comente e pergunte.

Minha primogênita teve dois cantinhos de leitura antes da reforma do seu quarto. Mostrei para vocês o primeiro canto de leitura aqui e o segundo aqui. Com a reforma do seu quarto, ela passou a ter uma escrivaninha (veja aqui) que facilita a acomodação do seu corpo na execução das atividades escolares, estudar e ler sozinha, passando para a fase de leitora autônoma.

Maria Julia de pijama, pronta para dormir, com o livro escolhido.

Referências

Projeto:

Semenado Valores

Obra:

Semeando valores: cultivando leitores: livo da família: a importância da família na formação do leitor / Equipe FTD Educação – 1 ed. – São Paulo: FTD, 2018.

Onde encontrar:

Prateleiras para livros infantis: Pabimi

Gostaram do canto de leitura da Maria Julia?

Um abraço,