Os cuidados com os dentes do bebê devem começar bem cedo, antes mesmo de nascer os primeiros dentinhos. A limpeza pode ser feita com a dedeira, gaze ou fralda de pano umedecida em água filtrada. E, embora eu confesse que eu tomava este cuidado, mas não diariamente, após o nascimento dos primeiros dentinhos a escovação passou a fazer parte da nossa rotina e acontecer todos os dias.

Os primeiros dentes da minha filha nasceram aos 5 meses, foram os dentes da frente, do maxilar inferior. Normalmente o primeiro dente do bebê costuma aparecer entre o sexto mês e o primeiro ano de vida. Sua primeira visita ao dentista aconteceu no dia 28 de julho de 2012, quando ela tinha exatamente 2 anos e 6 meses de vida. Desde então, sempre que visitamos o dentista temos a mesma informação: nenhuma cárie. Me sinto muito orgulhosa por estar no caminho certo.

Cuidando dos dentes

28 de fevereiro de 2015, com 5 anos e 1 mês

Já falei sobre o assunto “cuidados com os dentes” aqui no blog no post com a resenha do creme dental Malvatrikids, que uso e gosto bastante. A grande novidade que trago hoje é que em abril deste ano, com apenas 5 anos, minha filha já perdeu dois dos dentes de leite, os primeiros que surgiram em sua boquinha. Normalmente os dentinhos começam a cair entre 6 e 7 anos de vida.

Percebi que os dois dentes da frente, do maxilar inferior, estavam moles. Meu marido e eu até tentamos puxar com uma fralda de pano, mas não conseguimos. Foi quando minha filha voltou da escola sem um dos dentinhos, e não soube dizer como e em que momento ele caiu, ela simplesmente não percebeu. O segundo dente caiu numa manhã de um sábado enquanto comia pão de queijo. Bem próxima à ela, escutei que ela mastigava algo duro e gritei: “Filha, seu dente!”. Ela o tirou da boca e com naturalidade respondeu: “Eu nem tinha sentido gosto de dente, mamãe.” Morri! rs

Como aqui em casa acreditamos em Papai Noel, personagens infantis e Fada do Dente, meu marido correu comprar moedas de chocolate para trocarmos pelo dente que estava embaixo do seu travesseiro no domingo de manhã. Ela ficou feliz e muito orgulhosa pela Fada do Dente ter vindo buscar seu dentinho.

Cuidando dos dentes

Minha pequena está crescendo rápido e fico muito feliz por acompanhar todos estes momentos valiosos da sua vida de perto, dando a devida importância e com a certeza de que estamos fazendo o nosso melhor para cuidarmos da sua saúde e alimentarmos os seus sonhos.

Um abraço,

Mari.

Meu tipo sanguíneo é AB com fator Rh negativo, por isso, quando grávida da Maria Eduarda, gostaria de saber qual o fator Rh do meu marido para verificar a necessidade de tomar a vacina com uma substância chamada imunoglobulina anti-D. Esta vacina é necessária quando a mãe for Rh negativo e o bebê for Rh positivo, pois se o sangue do bebê entrar na corrente sanguínea da mãe, seu sistema imunológico pode reagir como se o bebê fosse um “invasor”, e produzir anticorpos contra ele. Este fenômeno, conhecido como “sensibilização”, embora normalmente não cause problemas numa primeira gravidez, podem atravessar a placenta numa próxima gravidez e atacar as células do sangue do bebê (caso o próximo bebê seja Rh positivo como o primeiro), provocando o que chamamos de doença hemolítica perinatal ou eritroblastose fetal (anemia, icterícia ou, em casos mais graves, insuficiência cardíaca ou hepática na criança).

O sangue do bebê pode se misturar com o da mãe em determinadas circunstâncias, como em caso de forte impacto na barriga durante a gravidez. Durante o parto, é muito provável que o sangue da mãe e o do bebê entrem em contato, especialmente em caso de cesariana, num parto normal difícil ou de remoção manual da placenta. Por isso, quando a mãe for Rh negativo, deve-se tomar esta espécie de vacina para evitar a presença dos anticorpos anti-Rh, uma vez que, caso a mãe produza os anticorpos uma vez, eles permanecerão para sempre no seu sangue.

Agora, se você está gestante, possui Rh negativo e está se perguntando se tomou a tal vacina, é possível verificar a presença de anticorpos através de exame de sangue no início da gravidez e em um novo exame por volta de 28 semanas. Se forem detectados anticorpos, sua gestação será monitorada para detectar possíveis sinais de anemia no bebê e você não receberá a vacina, porque ela só tem utilidade para evitar a fabricação de anticorpos, não destruindo os que já existam.

Logo depois do nascimento, é realizado um exame de sangue no bebê para determinar o tipo sanguíneo e o fator Rh. A amostra de sangue é tirada do cordão umbilical. Se o bebê for Rh positivo, você receberá outra injeção de imunoglobulina anti-D. Ela deve ser aplicada no máximo até 72 horas após o parto para que sua resposta imunológica não seja acionada. Seu sangue também será testado logo depois do parto para detectar a presença de anticorpos. Caso sejam encontradas grandes quantidades, pode ser necessária uma dose maior de imunoglobulina anti-D. Se o bebê for Rh negativo como você, a vacina não será necessária. No caso de eritroblastose fetal já instalada, ou seja, se não tiverem sido tomados os cuidados de prevenção durante a gestação, o tratamento no bebê inclui transfusões de sangue.

Voltando à minha história, meu marido, a obstetra e eu precisávamos conhecer o fator Rh do meu marido para termos certeza da necessidade da vacina. Assim, meu marido e eu nos dirigimos à um dos Hemocentros de São Paulo afim de que ele doasse sangue e, de quebra, conhecesse seu tipo sanguíneo e fator Rh, mesmo sabendo que ele possui sentimentos súbitos de medo e/ou ansiedade ao tirar sangue. Ele tentou, mas o sentimento foi tão forte que ele teve princípio de convulsão. Contudo, até hoje não descobrirmos qual o fator Rh do meu marido e por isso não pudemos prever qual seria o fator Rh da minha filha. O tipo sanguíneo da minha filha é B, fator Rh negativo, o que nos trouxe duas certezas:

  1. Meu sistema imunológico não produziu anticorpos anti-Rh;
  2. Meu marido possui qualquer um dos tipos sanguíneos (O, A, B ou AB) e qualquer um dos fatores Rh;

Se você conhece seu tipo sanguíneo e fator Rh e do seu companheiro, pode prever com mais facilidade o tipo sanguíneo e fator o Rh do seu filho(a) usando as tabelas abaixo:

RH negativo e gravidez

RH negativo e gravidez

Fontes: Baby Center Brasil e Diário de Biologia

Um abraço,

Mari.

Anafilaxia

3 de Junho de 2015

Quando descobri a Alergia à Proteína do Leite de Vaca da minha filha, a coisa que mais temia era a Anafilaxia. Mas, você sabia que ela pode ser gerada por ALIMENTOS ou NÃO?

“Muita gente confunde o termo anafilaxia com choque anafilático, mas essas doenças não são exatamente a mesma coisa. Anafilaxia é uma doença grave, aguda, que pode ser fatal e que se caracteriza pelo aparecimento de alguns sintomas de pele e outros internamente no organismo. Uma reação extremamente grave e até mesmo fatal pode ocorrer em alguns minutos após o desencadeamento!

Esses sintomas podem ser:

  1. Urticária e angioedema: Urticária é uma lesão de pele vermelha, elevada, que coça muito. Quanto mais extensa e rápida for, mais grave. O angioedema é um inchaço localizado nas partes mais moles do corpo, como lábios, pálpebras, orelhas e genitais, mas às vezes pode ocorrer de forma intensa, em quase todo o corpo. O mais grave é quando esse edema (inchaço) acomete a glote que é a parte interna da garganta. Isso pode ocasionar sufocação.
    Nem toda urticária e angioedema são causados por anafilaxia. Apenas quando de forma aguda e geralmente com evolução rápida (começa aos poucos e logo ganha grande extensão do corpo) é que é sinal de anafilaxia.
  2. Sintomas respiratórios: espirros, coceira em olhos e nariz, obstrução nasal, hiperemia (vermelhidão) ocular e lacrimejamento, tosse seca, falta de ar, chiado no peito, sensação de garganta apertada, alteração de voz, sensação de aperto no peito.
  3. Sintomas gastrointestinais: náusea, vômito, cólicas, diarréia.
  4. Sintomas cardiocirculatórios: queda de pressão arterial, taquicardia (batedeira), palidez.
  5. Sintomas neurológicos: lipotímia (desfalecimento), perda da consciência, sensação de que está distante, desmaio, liberação de esfíncteres (perda de fezes e urina). Quanto mais sintomas, principalmente cardíacos e neurológicos, mais grave é a anafilaxia. O “choque” é uma condição clínica onde há falência da circulação, ou seja, o sangue não consegue chegar até os órgãos periféricos por causa da queda da pressão arterial e alterações da microcirculação. É uma situação gravíssima, com alta mortalidade.

Existem várias causas de choque e a anafilaxia é uma delas. Portanto, o choque anafilático é uma forma de anafilaxia.

É muito importante se reconhecer prontamente os primeiros sintomas da anafilaxia, pois o tratamento rápido é fundamental para que a doença não evolua até o choque. Outra causa de morte pela anafilaxia é a sufocação, quer pelo edema de glote, quer pelo broncoespasmo (fechamento dos brônquios). Há ainda a possibilidade de a pessoa enfartar já que durante uma crise anafilática ocorre um espasmo das coronárias (diminuição do calibre interno das artérias que irrigam o coração) e se a pessoa já tiver uma alteração prévia, como placas de ateroma (aterosclerose) a anafilaxia poderá ser “a gota d´água” para o infarto agudo de miocárdio.

Causas da anafilaxia

  1. Alimentos: Apesar de qualquer alimento poder desencadear um quadro de anafilaxia, os principais alimentos envolvidos são: leite e ovo nas crianças e peixe, castanhas e crustáceos nos adultos. Esses alimentos podem estar presentes em receitas sem uma identificação explícita ou mesmo contaminando outro alimento durante sua preparação, quando utensílios como facas e colheres são usados para o preparo de duas receitas diferentes.
  2. Medicamentos: Dentre os medicamentos, os antiinflamatórios e os antibióticos são os principais causadores de anafilaxia. Os primeiros são medicamentos usados para dor e inflamação e que na sua grande maioria podem ser comprados sem prescrição médica, o que facilita o acesso e o risco de reações adversas ocorrerem. Os principais representantes desse grupo são: dipirona, ácido acetil salicílico (AAS) e o diclofenaco. Apesar de qualquer antibiótico poder causar reação alérgica, o mais comum são os da classe das penicilinas, como amoxacilina e penicilina benzatina (Benzetacil®). Os anestésicos também podem causar reações alérgicas. Eles são classificados em locais, geralmente usados em procedimentos dentários e suturas na pele, ou sistêmicos, aqueles usados por via inalatória ou injetável nas cirurgias.
  3. Insetos: Os insetos (abelhas, formigas e vespas) são responsáveis por muitos casos de anafilaxia através da inoculação do seu veneno no organismo da vítima.
  4. Látex: O látex (borracha natural), usado em vários produtos hospitalares e de uso doméstico, é responsável por um grande numero de reações alérgicas. Há basicamente dois grandes grupos populacionais com grande risco de desenvolver alergia ao látex. São os profissionais da área de saúde, como médicos e enfermeiros, e os pacientes com espinha bífida. Os dois grupos são de risco por estarem em contato frequente com o látex, principalmente das luvas, que geralmente são feitas desse material. Interessante citar que portadores de alergia ao látex podem também desenvolver alergia alimentar, principalmente por frutas e legumes.
  5. Raras: Entre as causas raras de anafilaxia encontra-se:
    • Anafilaxia associada ao sêmen (fluido seminal), onde a pessoa faz reação alérgica após o contato com o mesmo;
    • Anafilaxia por aeroalérgenos, onde alimentos contaminados por ácaros desencadeiam a reação após a sua ingestão;
    • Mastocitose, onde células de defesa do organismo (mastócitos) desencadeam a reação alérgica após estímulos variados;
    • Anafilaxia desencadeada por exercício, onde a pessoa apresenta reação alérgica após atividade física quando associado a ingestão de algum alimento ou medicamento. Nesse caso, os principais alimentos envolvidos são: trigo,crustáceos, amendoim, milho, leite, pêssego, soja e alimentos contaminados por ácaros. Entre os medicamentos, os principais são os antiinflamatóriose os antibióticos;
    • Anafilaxia ao frio, que pode ocorrer após banhos frios, principalmente em piscinas e cachoeiras.
  6. Idiopática: Quando nenhuma causa é identificada após a investigação diagnóstica, dizemos que a anafilaxia é de causa idiopática (sem causa conhecida).

Quem está em risco?

Infelizmente, as alergias são imprevisíveis. É comum os pacientes ficarem muito surpresos com sua primeira reação e perguntarem como pode ser isso se nunca tiveram isso anteriormente.

Existe a predisposição genética, que se chama atopia. Mas nem todos os indivíduos atópicos irão desenvolver uma alergia grave.

Quem está mais vulnerável a desenvolver uma crise anafilática grave é justamente quem já teve uma anteriormente. E se a reação alérgica grave vier associada com alguma dessas outras condições clínicas, então o risco é maior:

  • Asma, principalmente mal controladas
  • Gravidez
  • Extremos de idade
  • Problemas psiquiátricos
  • Ingestão de álcool e/ou drogas

Por que a ASBAI está tão interessada em divulgar esse problema?

A resposta é: porque ele está crescendo!

Calcula-se que um em cada 200 atendimentos nos serviços de emergência sejam para tratamento de reações alérgicas graves. Através de estudos epidemiológicos estima-se que existam entre 50-2.000 episódios de anafilaxia para cada 100.000 pessoas e, portanto, 2% aproximadamente da população já teve pelo menos um episódio de anafilaxia ao longo de sua vida. Além disso, pesquisas recentes indicam que o total de admissões hospitalares por reações alérgicas graves teve um incremento de sete vezes nos últimos 10 anos. E isso tem ocorrido principalmente pelo aumento de anafilaxia por alimentos. Já foram descritos mais de 120 tipos diferentes de alimentos capazes de provocar anafilaxia e a lista não para de crescer.

A Medicina desconhece as razões exatas para esse aumento de reações alérgicas graves, mas especula-se que mudanças no modo de viver e de se alimentar, alterações ambientais, etc. possam estar alterando a resposta imunológica normal.”

Fonte: ASBAI – Anafilaxia Brasil

Além dos sintomas respiratórios, a principal reação da APLV da minha filha era a urticária. Foi a urticária que me fez levá-la ao hospital quando ficou internada e logo em seguida descobrimos a APLV da pequena (como contei no post A descoberta da Alergia à Proteína do Leite de Vaca – APLV). Meu marido é alérgico à antiinflamatórios não hormonais, como a dipirona, e uma pequena dose do antiinflamatório causa a angioedema.

A Anafilaxia me assusta tanto porque Anafilaxia = Emergência.

Um abraço,

Mari.