Dia dos Avós

27 de Julho de 2015

Ontem, dia 26 de julho, foi comemorado nacionalmente o Dia dos Avós. E, o post de hoje é sobre esta doce, enriquecedora e benéfica relação.

Dia dos Avós

Desde os primeiros dias de vida, minha filha teve um contato muito próximo com os avós. Como contei neste post, com um ano e dois meses optei por deixá-la durante meio período na escolinha e o outro meio período aos cuidados da vovó materna. E, para a sorte da pequena, os avós maternos e paternos são vizinhos, o que facilita bastante estar em constante contato com os pais do meu marido e os meus. Única neta de ambos os casais de avós, ela sempre foi muito paparica por todos eles. Todos estiveram sempre muito presentes no dia-a-dia e nas festividades, como batizado, aniversários e festas escolares. Tão enriquecedora quanto a relação com os avós são para os netos, os psicólogos afirmam o quanto é importante a relação dos netos para os avós.

De acordo com Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP), em entrevista para a Revista Crescer, a participação dos avós na criação dos netos, quando possível, pode trazer uma série de benefícios a todos os envolvidos. Os pais têm com quem dividir a tarefa de cuidar, as crianças são expostas a um círculo familiar maior, e os avós têm sabedoria e experiência reconhecidas socialmente. “A criança se enriquece muito com esse contato, já que recebe mais estímulos, amplia seu repertório e aprende a conviver em um ambiente distinto com pessoas diferentes. Os avós também. Hoje, o ‘velho’ está ligado a algo pejorativo graças ao mundo de consumo em que estamos inseridos. O que é ‘velho’ tem que ser descartado. Para os avós, então, ter a responsabilidade de cuidar de uma criança é sinônimo de valorização social. A experiência dele é importante ali. Ele tem papel utilitarista, está ajudando outras pessoas, e isso dá sentido à sua vida”, diz.

Em fevereiro deste ano, passamos pela péssima experiência de perdermos o avó paterno da minha filha. Fui eu quem deu a notícia ela ficou muito triste. Mesmo muito pequena, me pediu para que eu a deixasse levar flores no enterro do vovô. Não a deixei participar do velório, mas permiti que ao final do enterro ela participasse para jogar seu punhado de rosas brancas. Ao mesmo tempo que fiquei com receio de que esta imagem nunca saísse de sua memória, me sentiria eternamente culpada por roubar dela este momento negando o seu pedido. Contamos que ele virou uma linda estrelinha no céu e de lá para cá ela tem olhado algumas vezes para o céu, escolhido a estrela mais brilhante e contado que aquela estrela é o seu vovô querido.

Durante a minha vida, tive contato apenas com os meus avós maternos. E deles tenho muitas recordações, como dias marcantes, frases inteiras, as brincadeiras com o meu avô, as regalias dadas pela minha avó e o cheiro dos perfumes e loções que usavam. Contudo, são exatamente essas memórias tão felizes que me confortam quando preciso deixá-la aos cuidados dos avós sempre que há necessidade.

Um abraço,

Mari.

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