Meu tipo sanguíneo é AB com fator Rh negativo, por isso, quando grávida da Maria Eduarda, gostaria de saber qual o fator Rh do meu marido para verificar a necessidade de tomar a vacina com uma substância chamada imunoglobulina anti-D. Esta vacina é necessária quando a mãe for Rh negativo e o bebê for Rh positivo, pois se o sangue do bebê entrar na corrente sanguínea da mãe, seu sistema imunológico pode reagir como se o bebê fosse um “invasor”, e produzir anticorpos contra ele. Este fenômeno, conhecido como “sensibilização”, embora normalmente não cause problemas numa primeira gravidez, podem atravessar a placenta numa próxima gravidez e atacar as células do sangue do bebê (caso o próximo bebê seja Rh positivo como o primeiro), provocando o que chamamos de doença hemolítica perinatal ou eritroblastose fetal (anemia, icterícia ou, em casos mais graves, insuficiência cardíaca ou hepática na criança).

O sangue do bebê pode se misturar com o da mãe em determinadas circunstâncias, como em caso de forte impacto na barriga durante a gravidez. Durante o parto, é muito provável que o sangue da mãe e o do bebê entrem em contato, especialmente em caso de cesariana, num parto normal difícil ou de remoção manual da placenta. Por isso, quando a mãe for Rh negativo, deve-se tomar esta espécie de vacina para evitar a presença dos anticorpos anti-Rh, uma vez que, caso a mãe produza os anticorpos uma vez, eles permanecerão para sempre no seu sangue.

Agora, se você está gestante, possui Rh negativo e está se perguntando se tomou a tal vacina, é possível verificar a presença de anticorpos através de exame de sangue no início da gravidez e em um novo exame por volta de 28 semanas. Se forem detectados anticorpos, sua gestação será monitorada para detectar possíveis sinais de anemia no bebê e você não receberá a vacina, porque ela só tem utilidade para evitar a fabricação de anticorpos, não destruindo os que já existam.

Logo depois do nascimento, é realizado um exame de sangue no bebê para determinar o tipo sanguíneo e o fator Rh. A amostra de sangue é tirada do cordão umbilical. Se o bebê for Rh positivo, você receberá outra injeção de imunoglobulina anti-D. Ela deve ser aplicada no máximo até 72 horas após o parto para que sua resposta imunológica não seja acionada. Seu sangue também será testado logo depois do parto para detectar a presença de anticorpos. Caso sejam encontradas grandes quantidades, pode ser necessária uma dose maior de imunoglobulina anti-D. Se o bebê for Rh negativo como você, a vacina não será necessária. No caso de eritroblastose fetal já instalada, ou seja, se não tiverem sido tomados os cuidados de prevenção durante a gestação, o tratamento no bebê inclui transfusões de sangue.

Voltando à minha história, meu marido, a obstetra e eu precisávamos conhecer o fator Rh do meu marido para termos certeza da necessidade da vacina. Assim, meu marido e eu nos dirigimos à um dos Hemocentros de São Paulo afim de que ele doasse sangue e, de quebra, conhecesse seu tipo sanguíneo e fator Rh, mesmo sabendo que ele possui sentimentos súbitos de medo e/ou ansiedade ao tirar sangue. Ele tentou, mas o sentimento foi tão forte que ele teve princípio de convulsão. Contudo, até hoje não descobrirmos qual o fator Rh do meu marido e por isso não pudemos prever qual seria o fator Rh da minha filha. O tipo sanguíneo da minha filha é B, fator Rh negativo, o que nos trouxe duas certezas:

  1. Meu sistema imunológico não produziu anticorpos anti-Rh;
  2. Meu marido possui qualquer um dos tipos sanguíneos (O, A, B ou AB) e qualquer um dos fatores Rh;

Se você conhece seu tipo sanguíneo e fator Rh e do seu companheiro, pode prever com mais facilidade o tipo sanguíneo e fator o Rh do seu filho(a) usando as tabelas abaixo:

RH negativo e gravidez

RH negativo e gravidez

Fontes: Baby Center Brasil e Diário de Biologia

Um abraço,

Mari.

Com Licença

15 de Junho de 2015

Você já ouviu falar do filme Com Licença, um documentário cujo objetivo é discutir os dilemas diários enfrentados pelas famílias para conciliar Maternidade e Carreira?

Como poucas mães, tive direito a 6 meses de licença maternidade e pude contar com mais um mês de férias, totalizando 7 meses até voltar a trabalhar. Como muitas mães, não tive escolha.

Sem ouvir falar durante um tempo sobre o andamento do projeto, a Bia Siqueira (diretora) deixou um recado na Fan Page do filme para nos tranquilizar, dizendo que o documentário vai sair. Veja só:

“Olá pessoal, depois de bastante tempo sem dar notícias, venho pessoalmente escrever e contar o porquê dessa ausência. Nossa campanha de Crowdfunding começou dia 08/03/14, dois dias depois do nascimento da minha segunda filha. Foram meses conturbados, a minha mais velha não tinha nem 2 anos ainda, e foram muitas complicações nos meses que se seguiram, desde amamentação, até a internação da minha mais velha pouco tempo depois. Mesmo assim, fizemos algumas entrevistas entre Junho e Setembro, ótimas entrevistas! E daqui pra frente só quem já viveu vai poder compreender, mas o fato é que vivi em intensidade máxima os dilemas tão discutidos no documentário. Foram meses de um mergulho profundo, muita dificuldade de lidar com tantas questões, falta de vontade completa de voltar à rotina de trabalho anterior (mesmo amando o que faço), e principalmente, realinhamento de propósitos. É, o documentário estava entranhando em mim… Era difícil estar com as meninas sem pensar nas obrigações diárias, nas contas que o marido estava segurando sozinho há tempos. Imagino que todos (ou a enorme maioria) aqui saibam bem do que estou falando. Vivemos meses bastante complicados como família, assim como milhares aqui. Hoje, acredito que tenha sido um período fundamental, de enorme crescimento e aprendizados. Estamos, hoje, dia 07/04/15, numa reta final de negociação do patrocínio. Há alguns meses venho conversando com esse possível patrocinador, e torcendo pra que o documentário ganhe essa grande força nesse momento. Independente disso, o doc vai sair. Mas, um patrocinador desse porte pode levar o projeto muito longe! Espero muito, muito em breve, trazer boas, ótimas notícias. Desculpe a ausência por tanto tempo, mas o projeto ganhou muito, e estamos todos aqui em prol dessa causa maior. Beijos, e mais uma vez, obrigada pelo apoio de cada um. Bia

Eu aguardo ansiosa! E você?

Um beijo,

Mari.

No último feriado aproveitamos para fazer um passeio que há tempos eu tinha vontade. Fomos passear de trem a vapor, partindo de Campinas com destino a Jaguariúna. Campinas está a apenas 96 Km de São Paulo e por isso pode ser um passeio de 1 dia só.

Confesso que estava mais animada que a minha filha para fazer o passeio de trem a vapor, pois adoro passeios que nos remetem ao passado. A entrada, a bilheteria e a arquitetura da estação estão preservadas, assim como a própria Maria Fumaça e os carros. O trem é operado pela ABPF – Regional Campinas e o valor do seu ingresso é aplicado na restauração e manutenção da ferrovia. Legal saber que além de passear estamos contribuindo para a preservação do patrimônio histórico.

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Na estação ferroviária há lanchonete, mas não deixe para almoçar no local, principalmente com crianças. A lanchonete serve pastel frito na hora, pães de queijo fresquinhos entre outros salgados, além de sucos e refrigerantes. Dentro do trem são vendidos sorvetes, chocolates, salgadinhos, sucos, refrigerantes, cervejas e lembranças do passeio. A opção mais saudável são os sucos sem açúcares e conservantes.

Durante o passeio há também apresentação de grupo musical que vai lhe trazer músicas clássicas brasileiras. E por fim, haverão monitores que trarão informações sobre a história da ferrovia, sobre as fazendas, estações e etc.

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

    Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Há duas opções de passeio: percurso completo e meio percurso. Optamos pelo passeio completo, e a minha dica para quem está com crianças é fazer o meio percurso, pois percebi que minha filha ficou cansada de ficar tanto tempo no trem. Notei também que outras crianças estavam impacientes e que muitas delas dormiram com o balançar do trem a vapor que viaja a uma velocidade média de 35Km/hora.

O que eu mais gostei do passeio, além de me sentir nos tempos de ouro das ferrovias, foi conhecer um pouquinho da história das centenárias fazendas de café pela quais os trilhos beiram. Algumas delas já foram cenário de novelas e minisséries da televisão brasileira.

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

E eu não poderia deixar de levar um souvenir do passeio, a camiseta que minha filha está vestindo. Alí mesmo a troquei, pois no passeio de trem durante a tarde fez muito calor. Ao anoitecer a temperatura caiu rapidamente.

Passeio de Maria Fumaça

Passeio de Maria Fumaça

Consulte o endereço e os horários de saída (partindo de Campinas ou partindo de Jaguariúna) clicando aqui.

Um abraço,

Mari.