Como vocês sabem, a minha filha possui APLV. E, como contei no post “A descoberta da Alergia à Proteína do Leite de Vaca – APLV“, tive o diagnóstico confirmado quando ela já estava com 3 anos. Porém, em algumas situações de suspeita de APLV, recomenda-se uma dieta hipoalergênica para a mamãe.

Em consulta com o pneumonologista da minha filha, o qual descobriu a sua alergia, fui informada que, caso eu queira ter outro bebê, é recomendado que eu faça a dieta de exclusão ao leite de vaca durante a gestação e durante o período de amamentação para que o nosso próximo filho somente venha a ter contato com a proteína do leite de vaca com 1 ano de idade, uma vez que a probabilidade do nosso próximo bebê ter a mesma alergia é grande.

Esta dieta não é fácil, pois quando existe a suspeita de alergia alimentar na criança muitos desestimulam a amamentação, quando na verdade a amamentação deveria ser incentivada.

A dieta hipoalergênica da mamãe consiste em não consumir nenhum alimento que contenha o(s) alérgeno(s) em questão ou mesmo traços deste. No caso da APLV, a mamãe não deve consumir nenhum alimento com proteína do leite de vaca, nem mesmo com traços de leite. Para mais detalhes sobre o que são os traços de leite, clique aqui.

E hoje, trago exemplos de mamães que tem se esforçado e conseguido amamentar o seu bebê fazendo a dieta hipoalergênica. Os depoimentos abaixo foram obtidos através do grupo Tips4APLV do Facebook.

A mamãe Camila fez a dieta hipoalergênica por 7 meses, com reintrodução dos alimentos que contém os alérgenos por mais 3 meses. Ao todo já são 10 meses de amamentação.

O bebê da mamãe Alessandra Cristina está com 10 meses, e ela ainda amamenta fazendo a dieta hipoalergênica.

A mamãe Cleydione completará um ano de dieta hipoalergênica, sem consumir alimentos com proteína do leite de vaca e soja. Seu filho, com 1 ano e 5 meses, só mama leite materno e ela já tentou dar fórmula hidrolisada temendo que o leite materno não fosse suficiente, mas viu que não precisa ter medo, e dá a dica de focar na dieta e na alimentação do bebê. A mamãe nos conta que quando começou a dieta foi uma tortura, não sabia nada, foi tudo aprendido com a prática. Os grupos do Facebook a ajudaram muito, não sabia cozinhar bem e aprendeu na marra. Ela largou seu emprego pra ficar com o bebê e focou apenas na amamentação. E foi assim que o seu bebê estabilizou.

Daniara fez 30 meses de dieta hipoalergênica.

O bebê da mamãe Luana tem 1 ano e 4 meses e ela faz a dieta hipoalergênica a 1 ano, amamentando exclusivamente. Seu bebê também come comida e está há um ano sem reações. Sua filha também foi APLV e foi curada com 4 anos de idade.

A mamãe Priscilla amamentou durante 25 meses e fez a dieta hipoalergênica por cerca de 22 meses.

A mamãe Mariana fez a dieta hipoalergênica por 12 meses.

A mamãe Clarissa amamentou até os 4 meses fazendo a dieta hipoalergênica e nos conta que o gastro a desencorajou a continuar. Sua vontade era de amamentar durante mais tempo e acredita que se fosse encorajada teria conseguido.

A mamãe Melissa amamentou durante 30 meses fazendo a dieta hipoalergênica.

A mamãe Meire amamentou o Caio até os 2 anos e 4 meses fazendo a dieta de exclusão à proteína do leite de vaca, incluindo derivados e traços. Hoje o Caio tem 3 anos.

A mamãe Lucila conta que amamentou a filha mais velha até os 2 anos e que tem a intenção de manter a amamentação da filha mais nova, com APLV, até a mesma idade. Hoje a sua filha mais nova está com 10 meses. Lucila faz a dieta hipoalergênica para manter a amamentação do bebê trabalhando durante o dia todo. Para isso, leva marmita e frutas para o trabalho.

A mamãe Mayra amamentou seu primeiro filho até os 9 meses que só parou de mamar por conta própria. O seu segundo filho, com 5 meses, parou de mamar aos 3 meses, pois não conseguiu manter a dieta hipoalergênica devido a sua rotina de trabalho.

Fernanda ainda amamenta o seu bebê com 2 anos e 7 meses. E diz que há pouco mais de 1 mês introduziu leite de vaca em sua dieta, mas que mantêm a dieta hipoalergênica com exclusão de ovo, milho e oleaginosas. Além da alergia ao leite de vaca, seu bebê tem alergia a outros alimentos.

A mamãe Darcy amamentou sua filha Isabel fazendo a dieta hipoalergênica há 15 meses. Sua dieta consistia em restrição de alimentos com leite de vaca, soja e ovo. Há 1 mês introduziu o leite de vaca em sua dieta, mas mantêm a restrição para alimentos com ovo e soja. Sua intenção é amamentar o seu bebê até os 2 anos de idade. Além da alergia ao leite de vaca, seu bebê também tem alergia a outros alimentos.

A mamãe Camila está grávida e fazendo a dieta hipoalergênica para amamentar o seu primeiro filho. Sua G.O. a incentivou a amamentar os 2 bebês, e a assim o fará.

A mamãe Ana Paula conta das dificuldades em fazer a dieta hipoalergênica, e orgulha-se por conseguir amamentar o seu bebê por 3 anos e 4 meses.

A mamãe Marilia amamentou durante 14 meses e fez a dieta hipoalergênica por 17 meses. E conta que a minha pergunta no grupo Tips4APLV do Facebook rendeu um post em seu Blog “Amargo que te torno Doce”. Para acessá-lo, clique aqui!

Todos os depoimentos dessas mamães nos encorajam a fazer a dieta de restrição para o período da gravidez e amamentação. Os depoimentos considerados foram enviados até o dia 04 de janeiro de 2014. Obrigada mamães pelos histórias inspiradoras!

Um abraço, Mari.

#poenorotulo

4 de março de 2014

O Blog Desafio Mamãe apoia a campanha #poenorotulo!

A campanha #poenorotulo foi criada  através do Facebook por um grupo de mães que possuem em comum a alergia alimentar dos seus filhos. Essas mães lutam por informações claras nos rótulos dos alimentos. A intenção é chegar a 1 milhão de compartimentos.

Peço a sua ajuda para embarcar com a gente nessa campanha: acesse a página #poenorotulo e participe!

Um abraço, Mari.

Carnaval

3 de março de 2014

Hoje, trago para vocês, a nossa experiência nesta data tão gostosa, e aproveito para relembrar alguns cuidados que temos que ter com nossos filhos para cairmos na folia.

Festa de Carnaval na Escola

Desde os 2 anos a minha filha comemora o carnaval na escola, e neste ano não foi diferente. Na última sexta-feira, a escola pediu para que todos fossem fantasiados.

Como vocês já leram aqui, adoramos fantasias infantis e por isso a minha filha tem uma coleção delas. Mas, ao escolher a fantasia para o carnaval da escola, dou preferência para fantasias com tecidos leves. Hoje não tenho mais a preocupação com aplicação de detalhes que possam ser engolidos, como lantejoulas e paetês, mas se seu filho(a) ainda for pequeno(a), este cuidado também deve ser tomado.

Festa de Carnaval na Escola

Além disso, também tomo o cuidado para que ela não leve objetos pontiagudos que possam provocar acidentes, como por exemplo, uma farinha de condão.

E como nesta época do ano a temperatura é bastante alta, não uso pinturas no rosto ou maquiagem. Afinal, quanto mais confortável a criança se sentir, mais divertida será a brincadeira.

Algumas escolas permitem que as crianças levem serpentinas para a folia, e o ideal é que os confetes sejam evitados. Na matéria da Adriana Nogueira, pelo UOL, o pediatra e neonatologista Jorge Huberman, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, recomenda que não sejam usados confetes,  pois a criança pode engasgar ou aspirar o objeto, que, alojado em seu pulmão, pode provocar uma infecção.

Alimentação leve e o cuidado com a hidratação da criança também são importantes para uma comemoração carnavalesca tranquila.

Normalmente, as escolas reservam locais cobertos para o baile de carnaval da turminha, mas, caso a festa do seu filho(a) seja ao ar livre, não se esqueça do protetor solar!

Blocos de Rua ou Escolas de Samba

Neste ano, pela primeira vez, levamos a nossa filha à um ensaio de escola de samba para ouvir a bateria tocar. E, embora ela estive animadíssima ao chegar, em menos de 30 minutos se aborreceu e pediu para ir embora. Isso aconteceu, pois temos que ter cuidado ao expor as nossas crianças aos sons muito altos. O ideal é não ficarmos muito próximos das caixas acústicas e limitar a no máximo uma hora e meia a permanência da criança ao alto e bom som. Iniciantes, a nossa permanência não passou de uma hora.

E como carnaval é sinônimo de aglomeração, não se esqueça de ficar de olho em desníveis do chão e escadas e redobrar a atenção para não perdê-lo(a) de vista. Se seu filho(a) participar de qualquer tipo de desfile de carnaval, não se esqueça do crachá de identificação com o nome dos responsáveis e números de telefones celulares.

Viagem

Mas, se você está longe de passar perto de um baile de carnaval, e prefere viajar com a meninada nesta época, não se esqueça de usar a cadeirinha de carro e tome cuidado com praias e piscinas, mesmo em lugares raso: bóias e outros equipamentos flutuantes são imprescindíveis. E, se quiser dicas de viagens com crianças, clique aqui.

Um ótimo carnaval!

Beijos, Mari.