Especialista em desenvolvimento infantil ensina os pais a identificar conteúdos saudáveis

Nos últimos meses, uma preocupação enorme tomou conta das redes sociais por conta do suposto aparecimento da boneca “Momo” em vídeos na plataforma destinada a crianças do Youtube. Apesar do intenso trabalho da rede social para desmentir que as crianças estejam em risco, muitos pais temem que seus filhos estejam expostos à figura macabra e à pedofilia. A discussão também envolve os jogos mais violentos, como os de tiro e guerras.

A fonoaudióloga especialista em linguagem e desenvolvimento infantil, Raquel Luzardo, explica que proibir o acesso dos pequenos aos vídeos e jogos pode não ser a melhor saída. “Tudo que é proibido gera mais interesse. Por isso é melhor permitir o uso limitado e com supervisão. É importante também que os pais entendam o que é ou não saudável em cada faixa etária.”.

Atuando no atendimento a crianças, Raquel tem vasta experiência em orientação familiar e confirma o que muitos especialistas dizem: “Diálogo é fundamental”. Ela também dá a dica: “Cada faixa etária tem sua peculiaridade, suas curiosidades, seu comportamento. Os pais não podem minar esse período de grandes descobertas que é a infância. O ideal é estar atento, responder somente o que é perguntado e não estender demais os assuntos que não convém. Se a criança já se satisfez com a resposta é sinal que já está bom para ela”.

A grande dúvida dos pais, porém, é como escolher o que é bom ou não para os filhos. Raquel explica que, para os menores, que ainda estão aprendendo a falar, há desenhos bastante didáticos, coloridos e musicais, como o “Mundo Bita”, que tem sempre uma mensagem positiva e educativa. Ainda na linha musical, o grupo brasileiro “Palavra Cantada” é um sucesso entre os pequenos que aprendem e se divertem com as letras muito bem elaboradas.

Outro desenho animado recomendado pela especialista é “Dora, a aventureira”, que além de episódios que envolvem muita aventura, também contam com partes em inglês, abrindo o horizonte das crianças para o aprendizado de outras línguas. E se o seu filho é daqueles que adora uma aventura, a “Patrulha Canina” pode ser um bom atrativo, já que a cada episódio há uma missão para os filhotes envolvendo o meio-ambiente e a comunidade.

Raquel lembra que, no geral, é recomendado que os pais assistam com os filhos alguns episódios e se certifiquem que não há nada que desabone o conteúdo. “Os pais não precisam só estar ali supervisionando, mas sim fazendo parte deste momento. Vale perguntar e comentar o que estão assistindo juntos”.

Mãe de Gabriel (9), Raquel diz que é preciso também saber dividir o tempo. “Não podemos usar os eletrônicos como babás. Tem de existir tempo para brincar, para ver TV, para ler, para fazer lição. Quanto antes a criança tiver uma rotina, antes ela entenderá o conceito do seu tempo e saberá aproveitá-lo melhor.”.

Raquel Luzardo, fonoaudióloga, especialista em linguagem, diretora da Clínica FONOterapia, atua há mais de 19 anos em atendimento infantil, orientação familiar e assessoria escolar. Casada com o Yan e mãe do Gabriel, acredita que a comunicação é a ferramenta para as relações acontecerem de forma plena e feliz!

Dia de Aprender Brincando é um dia para celebrar e inspirar a aprendizagem e as brincadeiras fora da sala de aula! Escolas de todo o mundo apostam que brincar é tão importante quanto a presença em sala.

Ficar ao ar livre nos ajuda a focar, ter mais conteúdo sobre o qual escrever e ter mais para descobrir, além de simplesmente ser mais divertido. Além disso, as crianças que têm a liberdade para brincar hoje (fazer amigos, se perder no momento, se divertir) estão melhor preparadas para o futuro. Estar ao ar livre faz com que seja mais fácil aprender competências importantes para a vida como resiliência, trabalho em equipe, liderança e criatividade.

Baseado no Dia Fora da Sala de Aula do Reino Unido, o Dia De Aprender Brincando é uma campanha global patrocinada pelo movimento “Se Sujar Faz Bem” da Unilever, que trabalha com Omo e outras marcas de produtos para lavar roupa. Assim, a empresa decidiu patrocinar a campanha não só no Reino Unido, mas em todo o mundo!

No Brasil, o Dia de Aprender Brincando chega a quarta edição, promovida pela Cidade Escola Aprendiz que há quase 20 anos trabalha em uma perspectiva de uma educação que inclua a todos e que seja emancipadora.

Agora faltam apenas 17 dias para a campanha! No dia 23 de maio de 2019 (quinta-feira), milhares de escolas no mundo todo vão realizar pelo menos uma aula fora da sala!

Para que a escola da minha primogênita participe do Dia de Aprender Brincando enviei um comunicado com a sugestão à direção da instituição de ensino. Se desejar, você também pode registrar-se para participar da campanha e ajudar a construir um movimento que leve crianças para brincar e aprender ao ar livre através do site diadeaprenderbrincando.org.br.

E veja o que outras pessoas estão preparando para o Dia de Aprender Brincando utilizando a hashtag #DiadeAprenderBrincando nas redes sociais Facebook, Twitter ou Instagram.

Participe e compartilhe esta ideia!

Um abraço,

Que o hábito de ler é fundamental quase todo mundo já sabe. O que muita gente ainda não sabe é que as histórias em quadrinhos podem ser grandes aliadas no desenvolvimento deste hábito nas crianças. Aliás, existem outros importantes motivos para você inserir já as HQs na vida das crianças. Os desenhos animados também podem ser grandes companheiros na infância, mas estes requerem certa atenção.

Por que quadrinhos e animações são aliadas das crianças?

Reestreando a série de posts da fonoaudióloga, quem explica é a especialista em linguagem e desenvolvimento infantil e diretora da clínica FONOterpia, Raquel Luzardo.

1. Aumento do vocabulário

A leitura dos quadrinhos desperta na criança o prazer pela leitura, mas mais que isso, aumenta também o repertório de palavras dos pequenos que são incentivados por elementos lúdicos como cores, personagens, sons onomatopeicos e a identificação com personagens.

2. Exercita a criatividade

Enquanto folheiam as páginas, mesmo as crianças ainda não alfabetizadas são submetidas ao exercício de criar já que passam a inventar suas próprias narrativas, personagens e ações. Quando contam essas histórias para um adulto, por exemplo, as crianças se sentem incentivadas e não colocam limites nas suas ideias.

3. Compreensão do cotidiano

A televisão é reconhecida como uma atividade de lazer para as crianças, paralela às brincadeiras infantis. Grande parte dos desenhos animados tem como objetivo representar situações cotidianas que a criança habitualmente vivencia. Ao ver, nos desenhos, como os personagens se comportam, se torna mais fácil para a criança ter seus primeiros entendimentos sobre senso crítico, noção de certo e errado e do bem e mal. Mas diferentemente da brincadeira, em frente à TV a criança fica passiva, tendo o prejuízo da falta de interação. Outro ponto a se prestar atenção é a faixa etária da criança. As vezes o desenho animado pode conter um nível de violência ou linguagem inapropriada a idade da criança.

Raquel Luzardo, fonoaudióloga, especialista em linguagem, diretora da Clínica FONOterapia, atua há mais de 19 anos em atendimento infantil, orientação familiar e assessoria escolar. Casada com o Yan e mãe do Gabriel, acredita que a comunicação é a ferramenta para as relações acontecerem de forma plena e feliz!