O Blog Desafio Mamãe foi criado após a descoberta da alergia à proteína do leite de vaca [APLV] da minha filha mais velha quando ela tinha 3 anos de idade. A partir daí, decidi compartilhar com leitores de vários cantos do país resenhas de produtos para alérgicos à proteína do leite de vaca e informações sobre esta alergia, no intuito de ajudar pessoas ou pais de crianças alérgicas que passam pela mesma situação. O blog foi um sucesso, pois há 10 anos pouco se falava sobre a APLV na Internet.

Desde que iniciamos os testes de provação (caso não saiba o que significa, consulte nosso Dicionário APLV) e minha filha passou a consumir alimentos com proteínas do leite de vaca sem reações, outros assuntos como gestação, nascimento, exterogestação, dicas de passeios com crianças, dicas de viagens com crianças, dicas de organização, resenhas de produtos infantis e ideias para festas e decoração passaram a ser mais comuns no blog do que as informações sobre a APLV. Contudo, diante dos casos de APLV em bebês, divulgados nas mídias por diversas celebridades nos últimos meses, a dermatologista infantil Camila Reis, especialista da área há 12 anos, explica como evitar, diferenciar e identificar os níveis de gravidade dos sintomas de alergia.

APLV

É fato que, com pouco tempo de vida, as crianças possuem uma comunicação limitada. Desta forma, sem o desenvolvimento da fala, alguns pais podem ter dificuldades para decifrar o que os bebês querem dizer com as maneiras abstratas que usam para expressar os seus sentimentos e, muitas vezes, é preciso contar com a ajuda de um profissional.

O desenvolvimento de alergias e irritações são exemplos de situações em que crianças pequenas podem ter dificuldade para verbalizar os sintomas. Sendo assim, os pais devem observá-las com cautela, visando entender a gravidade dos sinais e como agir diante deles. A dermatologista infantil Camila Reis, é especialista da área há mais de 12 anos e uma das médicas presentes no portfólio da Baby Concierge, face digital do universo materno-infantil. De acordo com ela, as causas mais comuns das irritações em bebês são  “a dermatite de contato, causada pelo toque direto com determinada superfície, a alergia alimentar e principalmente, a alergia à proteína do leite”. Esta última, pode ser considerada a mais comum entre os recém-nascidos. Casos semelhantes se manifestaram em filhos de diversas celebridades como Lore Improta, Fernanda Lima, MC Loma e Débora Silva, esposa do cantor Mano Walter, entre muitas outras mamães famosas e anônimas que precisam adequar suas rotinas aos diferentes casos de alergia existentes.

Além de alergias alimentares, a irritabilidade provocada por picadas de insetos também deve ser fiscalizada, especialmente no verão. Em dias quentes, o acúmulo de mosquitos costuma agravar e, sobre a proteção dos pequenos nesta época do ano, Camila afirma: “para proteger os bebês é preciso garantir o uso constante de repelentes específicos para cada faixa etária, utilizar roupas que cubram ao menos as pernas, sobretudo no fim do dia e não esquecer de hidratar a pele do bebê após o banho”. Ainda sobre os insetos, a dermatologista diz que as irritações resultantes de alergias alimentares podem ser parecidas, mas uma pequena observação pode ser decisiva neste momento. “Muitas vezes, ambos sintomas são parecidos, mesmo que isso não seja regra e as alergias alimentares costumem acontecer de forma disseminada. É preciso avaliar a área das fraldas para perceber a diferença. Principalmente no caso da alergia ao leite, as irritações costumam vir acompanhadas de diarreia. Ainda assim, reforço a importância de uma análise especialista”. 

Ressaltando a sensibilidade da pele dos bebês, Camila ainda fala sobre os cuidados com vestimentas, que os pais podem aplicar à rotina para evitar sintomas de alergia. “A primeira dica é sempre priorizar banhos rápidos e com temperaturas amenas, evitar esfregões na pele e o uso de tecidos grosseiros, optar sempre pelo algodão. Roupas sintéticas também devem ficar em segundo plano e a lavagem por meio de alvejantes e produtos de limpeza deve ser dispensada”. 

Por fim, a dermatologista diz que os sinais visíveis que merecem atenção são “lesões avermelhadas e disseminadas que coçam, placas vermelhas ou esbranquiçadas na pele e irritabilidade”. Em relação à procura por um profissional, Camila alerta que a visita deve acontecer antes mesmo dos sintomas começarem: “Tratando-se de alergias, é importante sempre buscar um especialista para tratamentos preventivos e manutenção. É muito importante também, não medicar os bebês se os sintomas persistirem após os cuidados. Isso, além de mascarar os sintomas, pode dificultar o diagnóstico”, finaliza.

No post “Por que voltamos para a dieta de restrição ao leite de vaca?“, relatei os sintomas da nossa filha, nossas dúvidas sobre os sintomas apresentados e sobre o resultado do teste de contato ou patch test, utilizado para identificar as alergias.

Identificada a Alergia à Proteína do Leite de Vaca, nada de desespero, há informações importantes na Internet para nos ajudar a conduzir a situação, como contei no post “Meu filho foi diagnosticado com APLV, e agora?”. E sempre, sempre consulte um(a) dermatologista infantil e um(a) alergologista pediátrico(a). E, caso ocorram sintomas respiratórios, procure por um pneumologista.

Um abraço,

Na minha primeira gestação, não esperei o trabalho de parto espontâneo. Como contei no post “O meu relato de parto“, no dia em que completei 39 semanas de gestação a médica informou que para a semana que acabara de completar minha barriga ainda estava “alta” (bebê não fixo na pelve) e pediu para que no dia seguinte eu fosse para a maternidade dizendo que estava com muitas dores, muito embora eu estivesse ótima. E, pediu para que eu não saísse de lá enquanto a responsável pela emergência não entrasse em contato com ela. Realizado o contato, a mesma solicitou a internação para que o parto acontecesse naquele mesmo dia.

Quem acompanha a nossa história através do Blog Desafio Mamãe, sabe que descobrimos a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) da minha primogênita quando ela completou 3 anos (post completo aqui). Embora ela não tenha nascido prematura, guardo a certeza de que a APLV tem relação com o fato de que minha primogênita ainda não estava pronta para nascer.

Na minha segunda gestação, esperei o trabalho de parto espontâneo. Desta vez, sabia que cada semana a mais de gestação aumenta as chances de o bebê nascer saudável, mesmo quando não há mais risco de prematuridade. Assim, há poucas horas de completar 42 semanas de gestação, entrei em trabalho de parto, significando que minha caçula estava pronta para nascer (leia também o post “O meu segundo relato de parto”).

Em meados de abril de 2017, a UNICEF lançou a linda campanha Quem Espera, Espera, para sensibilizar os brasileiros, especialmente mulheres e suas famílias, sobre a importância do trabalho de parto espontâneo e do parto e nascimento humanizados.

Mas por que vim falar sobre a campanha somente agora? Porque ao indicar o site para uma gestante percebi que, infelizmente, a plataforma digital quemesperaespera.org.br está fora do ar.

Com isso, no intuito de incentivar a espera pelo trabalho de parto, trago para ela – e para você – o link para o arquivo pdf da campanha (aqui) e os três vídeos informativos sobre o trabalho de parto espontâneo e o parto humanizado.




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Um abraço,

Para quem está nos conhecendo agora, o Blog Desafio Mamãe surgiu após a descoberta da alergia à proteína do leite de vaca da minha filha mais velha, quando ela tinha 3 anos (há 3 anos). A partir daí, decidi compartilhar informações sobre esta alergia no intuito de ajudar pais de crianças alérgicas ou pessoas alérgicas que passam pela mesma situação.

Desde que minha primeira filha iniciou a dieta isenta de alimentos que possuem proteínas do leite de vaca, mergulhei de cabeça no mundo da APLV afim de conhecer não só alimentos permitidos na dieta, mas informações mais detalhadas sobre tal alergia.

E, nesta jornada de conhecimento, aprendi que além do parto vaginal reduzir as chances de alergias, aprendi também que a exposição precoce às proteínas do leite de vaca pode causar a APLV. Por isso, desta vez, minha luta contra a APLV começou cedo, durante a gestação da Maria Júlia, ao escolher a equipe para assistência ao parto, e na maternidade.

De acordo com o site Alergia ao leite de vaca, a oferta precoce de leite de vaca para bebês, principalmente nos primeiros dias de vida, aumenta as chances de a criança desenvolver APLV, pois os órgãos do trato digestório ainda não estão prontos e a criança poderá ter dificuldade em digeri-lo, absorvendo suas proteínas inteiras, antes de serem digeridas até peptídeos e aminoácidos.

O sistema de defesa do bebê, que também está em fase de maturação, pode confundir a proteína do leite de vaca com algo nocivo e começar a reagir, desencadeando a alergia.

Quando minha primeira filha nasceu, desconhecia que a maternidade poderia ofertar fórmula infantil para o recém-nascido. E, caso fosse informada, sem conhecer a APLV, não os impediria de fazê-lo. Contudo, no nascimento da Maria Júlia, implorei para que a fórmula infantil não fosse administrada à ela.

Ao entrar no centro cirúrgico, perguntei quanto tempo minha filha recém-nascida ficaria no berçário e pedi para a enfermeira que a fórmula infantil não fosse administrada ao bebê. Ao levarem minha filha do centro cirúrgico, pedi novamente que a fórmula infantil não fosse administrada ao bebê – neste momento a enfermeira disse que colocaria um bilhete bem grande no berçário com esta informação e foi aí que tive a absoluta certeza de que é administrada fórmula infantil à todos os recém-nascidos (Perceberam a gravidade do problema?). Passei a mesma informação para outra enfermeira na sala de recuperação e percebi que somente eu recebi o bebê ainda na sala de recuperação para amamentá-lo, e ao trazê-lo a enfermeira disse: “É a sua filha que não pode beber leite, né?”. Aliviada, respondi que sim. Sempre que pedia para não administrarem a fórmula infantil à ela, explicava que a minha primeira filha é alérgica à proteína do leite de vaca e que a chance da minha segunda filha ter a mesma alergia é alta.

Ao ser levada da sala de recuperação para o quarto, pedia sempre para que deixassem minha filha comigo. Durante a primeira noite, a levaram por 3 horas para o que chamam de avaliação do bebê. No segundo dia, foi dado o banho demonstrativo (banho na presença dos pais). Na segunda noite, minha filha dormia ao meu lado quando vieram buscá-la novamente. Questionei firmemente porque tinham de levá-la, uma vez que não queria acordar o meu bebê, e a enfermeira respondeu que seriam 3 horas para a tal avaliação. Muito irritada, pedi que descrevesse tais avaliações, e que se precisasse assinar algum termo de responsabilidade para não tirar meu bebê dali, assinaria. A enfermeira contou que seriam feitos alguns exames, além de pesarem e dar banho no bebê. Eu insistia para que não a levassem porque pela câmera instalada no berçário com imagens no meu quarto, via que minha filha ficava extremamente nervosa e que não parava de chorar por um minuto. E, como meu quarto era exatamente o quarto ao lado do berçário, podia identificar perfeitamente o seu choro. Ainda irritada, perguntei porque dariam outro banho no bebê se naquele mesmo dia ela já tinha tomado banho na nossa presença, e ainda que era absurdo dar banho no bebê naquela hora. A enfermeira respondeu que eles (os bebês) não sabiam que era de madrugada e completou: “Nem a gente sabe, afinal trabalhamos no período noturno, não é mesmo?”. Pobres bebês, morri de dó de cada um deles e apenas autorizei que a levassem para pesar e fazer outras avaliações e não autorizei o banho na minha filha.

Como fui instalada bem ao lado, sempre que minha filha estava no berçário a acompanhava pelo vidro, e pude observar que outros bebês dormiam tranquilos em seus bercinhos enquanto não havia o que pudesse acalmar o meu bebê enquanto estivesse lá. Já no quarto, ela mamava e dormia tranquilamente. Seria a fórmula infantil oferecida para os outros bebês que os deixavam tão calmos no berçário? Nunca saberei a resposta.

E, porque é tão grave oferecer fórmula infantil ao recém-nascido? Além do fato do leite de vaca ser um alimento altamente alergênico, porque quanto mais a criança sugar o seio, mais estimulará o leite materno a descer.

Amamentar não é fácil, e em breve trarei informações de como tudo tem acontecido por aqui, mas até hoje, com 2 meses e 20 dias, tenho feito de tudo para evitar que minha caçula fosse precocemente exposta às tão temidas proteínas do leite de vaca.

A luta contra a APLV na maternidade

No quarto da maternidade

Encontre o meu segundo relato de parto, aqui.

Mais informações sobre a APLV, aqui.

Um abraço,