De acordo com a Attachment Parenting International (API), os oito princípios da criação com apego são:

E hoje, no quinto post sobre a série (o primeiro foi este aqui), falaremos sobre aquele princípio que, na minha opinião, é o mais importante deles: Usando o Contato Afetivo. E eu diria que ele é tão importante, que se tivesse que escolher somente um dos princípios para criar minha filha, seria ele o escolhido. Afinal de contas, é importantíssimo planejar e esperar o bebê com amor desde a gravidez, ter um parto respeitoso, mamar exclusivamente no peito até os 6 meses (no mínimo), não oferecer bicos artificias como chupeta e mamadeira para saciar a necessidade de sucção do bebê, realizar a introdução alimentar através de uma metodologia que incentiva a autonomia do bebê durante as refeições (BLW), praticar cama compartilhada, praticar um método pedagógico que estimule a independência do bebê/criança (como a pedagogia montessoriana), abdicar de suas até então prioridades para ser responsável pelo bebê/criança durante a primeira infância e nada de terceirizar a criação do pequeno, seja através da contratação de uma babá ou berçário. Porém, entendo que, mais importante do que tudo isso, é atender as necessidades dos bebês/crianças através do contato afetivo.

Você pode ter sido surpreendida com a gravidez e/ou pode ter faltado informações para a escolha do tipo de parto ideal (para você e para o bebê) e/ou pode ter motivos que a levaram ao desmame precoce e/ou pode ter cedido a pressão da sociedade e oferecido bicos artificias para o bebê e/ou pode ter realizado a introdução alimentar através de papinhas naturais e orgânicas (ou mesmo papinhas industrializadas) e/ou pode ter acostumado seu bebê a adormecer e dormir em outro quarto (decorado como os quartos do evento Casacor) e/ou pode ter terceirizado os cuidados do seu bebê aos quatro meses de idade, quando terminou sua licença maternidade. Contudo, não há criação com apego sem contato afetivo.

A Attachment Parenting International (API) diz que:

“Os bebês nascem com necessidades urgentes e intensas, e dependem completamente dos outros para atender essas necessidades. O contato afetivo ajuda o bebê a atender suas necessidades por contato físico, afeição, segurança, estímulo e movimento. Os pais que escolhem uma abordagem afetiva para as interações físicas com seus filhos, promovem o desenvolvimento de vínculos seguros. Mesmo quando a criança cresce, suas necessidades de permanecer em contato através do toque permanecem muito fortes.

As Necessidades e os Benefícios do Contato Afetivo

  • Para o seu filho, o contato afetivo estimula os hormônios de crescimento, melhora o desenvolvimento intelectual e motor, e ajuda a regular a temperatura do corpo, batimentos cardíacos e padrões de sono.
  • Os bebês que recebem contato afetivo ganham peso mais rápido, mamam melhor, choram menos, são mais calmos, e têm melhor desenvolvimento intelectual e motor.
  • As culturas onde o uso é abundante de afeto físico, toque e colo têm baixas taxas de violência física entre adultos.

Como Prover o Contato Afetivo

  • O contato pele-a-pele é especialmente eficaz.
  • A amamentação e banhos compartilhados oferecem oportunidades de confortar com o contato pele-a-pele.
  • Massagens podem acalmar bebês com cólica, ajudar uma criança a relaxar antes da hora de dormir, e dá oportunidade para interações divertidas.
  • Carregar um bebê, ou usar babywearing com carregadores macios atende as necessidades do bebê de contato físico, conforto, segurança, estímulo e movimento, todos estes encorajando o desenvolvimento neurológico. Babywearing é ato de usar materiais de tecido para manter seu bebê bem perto do seu corpo, mas dando liberdade de movimentos para você, como se você estivesse “vestindo” o bebê.
  • Esteja atenta para evitar o abuso de dispositivos destinados a segurar o bebê independentemente, como balanços, pula-pulas, carregadores plásticos, e carrinhos.

O Contato Afetivo e o Filho Mais Velho

  • Pratique frequentemente os abraços, aconchegos, carinhos nas costas e massagens. Todos estes atendem às necessidades de toque, tanto quanto brincadeiras mais físicas, como lutas e cócegas.
  • Lutas e cócegas devem seguir a direção da criança, e não devem ser forçadas.
  • Use brincadeiras e jogos para encorajar a proximidade física.
  • Se o seu filho é muito pesado para segurar confortavelmente, dê a proximidade que você ofereceria ao carregar, através da atenção e conforto do seu colo.
  • Todos os humanos (incluindo adultos) desenvolvem-se com o toque e as conexões que ele promove.”

Quarto princípio da Criação com apego: Usando o Contato Afetivo

Com 5 anos, pode ser que minha filha fosse capaz de banhar-se sozinha, enquanto eu a estivesse esperando do lado de fora do banheiro com uma toalha na mão, mas aqui, além da cama, os banhos também são compartilhados. Não há nada melhor que cuidar (e ser cuidada) com estreitamento dos laços afetivos proporcionados pelo contato físico.

Dores de barriga, dor nas pernas e cansaço são curados com remédios (quando necessários e prescritos pelo pediatra), mas são especialmente curados com massagens e muito, muito carinho.

Usamos acessórios para bebês como moisés, carrinhos e chiqueirinhos, mas as noites de sono tranquilas chegavam através do ato de ninar, com embalos e sequencias de cantigas preferidas.

Os abraços e aconchegos sempre foram constantes. E hoje, já com uma menininha em casa, quem tem sofrido com os resmungos somos nós, adultos, quando nosso estoque de beijos, abraços e apertos ainda não cessaram.

Um abraço,

Mari.

Já registrei aqui no Blog a minha opinião (e experiência) sobre alguns acessórios para bebê, como chiqueirinho, trocador, cadeirinha de carro, bolsa de maternidade e até sobre os itens que compõe o enxoval do bebê. Por isso, não poderia deixar de dar a minha opinião sobre o carrinho de bebê.

Como um automóvel pode ser sinal de status para alguns adultos, com o carrinho de bebê não é muito diferente. O preço dos carrinhos variam de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) a R$ 7.000,00 (sete mil reais). Isso mesmo, há quem pague aproximadamente sete mil reais num único acessório para bebê. Não descrimino quem o faça (principalmente se os gastos com o bebê não são um problema na vida do casal), mas não vejo necessidade de investir tanto num acessório que será usado durante tão pouco tempo.

Em 2010, pouco antes do nascimento da minha pequena, meu marido e eu optamos pelo carrinho de bebê da marca Burigotto, modelo SE, que acompanhava a cadeira para automóvel da mesma marca, modelo Touring SE. Na época, a cor que me agradou foi a cinza e rosa.

Carrinho de bebêNão me lembro qual foi o valor gasto com o carrinho de bebê, mas me lembro que não foi um dos mais baratos disponíveis no mercado na época. Minha filha usou o carrinho por pouco mais de um ano. Assim que ela aprendeu a andar, nada a segurava no carrinho, a não ser que estivesse dormindo.

Dois anos mais tarde, considerando seu carrinho “grande” para andarmos com ele para cima e para baixo, comprei o carrinho de bebê reversível da marca Galzerano, modelo borboleta, também conhecido como modelo guarda-chuva. Mas este, minha filha usou ainda menos.

Carrinho de bebê

O primeiro modelo foi doado e o segundo foi guardado para que, caso tivéssemos um segundo filho (e o segundo também fosse menina), pudéssemos usá-lo.

Não entrarei em detalhes sobre a segurança, conforto e praticidade dos carrinhos que usei, pois ambos são de mais de 3 anos atrás, e provavelmente já estão fora de linha do mercado. Mas, trago, com exclusividade, as dicas da Amanda Teixeira, responsável pelo setor de desenvolvimento de produtos da empresa Tutti Baby, para a escolha do carrinho ideal para o seu bebê:

Certificado conforme a norma brasileira de segurança: é imprescindível que o carrinho escolhido seja atestado conforme as leis. Dessa forma, acidentes podem ser evitados.

Cinto de segurança de cinco pontos: além de separar as pernas da criança, ajuda a firmar os ombros e o quadril. Assim, evitam-se escorregamentos ou quedas. Verifique também se o cinto está ajustado, o que garante mais conforto.

Peso: analise até qual tamanho a criança vai utilizar o carrinho. A maioria deles acomoda o peso de até 15 quilos.

Encosto regulável: é fundamental que o encosto fique reto, pois os bebês dormem bastante e em passeios não é diferente. Assim, é só deitar o carrinho para o pequeno descansar confortavelmente.

Trava de segurança: deve estar travada para evitar que o carrinho feche acidentalmente.

Freios: ao travar as rodas do carrinho, ele não pode se movimentar. Esse item é muito importante e fundamental para a segurança da criança.

Espaço: meça o carrinho fechado e o porta-malas do veículo da família. Além disso, é importante verificar se há espaço suficiente em casa para guardá-lo.

Assim, espero que as dicas os ajudem na escolha do carrinho de bebê ideal para o seu filho(a).

Um abraço,

Mari.

Há quase um ano, conheci o BLW – Baby-led Weaning (acesse o post completo, aqui), método de introdução alimentar que permite que o bebê se alimente sozinho, sem o uso de papinhas ou colheres. O bebê fica com a família na hora das refeições e participa das mesmas quando estiver pronto, comendo primeiro com as mãos e depois usando talheres.

Recebendo os boletins informativos da Juliana Meirelles, dona do Blog FomeDeSaude.com, conheci os alimentos que não oferecer para o seu bebê, informação valiosíssima para quem deseja aplicar o método.

Método BLW: o que não oferecer para o seu bebê

Portanto, você NÃO deve oferecer para o seu bebê:

  • Sal;
  • Cereais matinais com sal/açúcar adicionado;
  • Queijos duros, (isso abrange pão de queijo, pois é feito de queijo duro e tem grande quantidade de sal);
  • Salsichas;
  • Salames;
  • Presunto;
  • Bacon;
  • Salmão defumado;
  • Anchovas;
  • Comidas conservadas em água com sal como atum e azeitonas;
  • Pizza congelada ou pra entrega;
  • Pães, bolos ou tortas compradas em supermercados;
  • Salgadinhos e aperitivos salgados;
  • Comidas congeladas prontas;
  • Comidas de tele-entrega, como pizza, hambúrguer, comida chinesa e pastel;
  • Molhos prontos para macarrão;
  • Sopas prontas em pó;
  • Frutos do mar crus;
  • Ovo mal cozido;
  • Comidas que contém ovo cru, como maionese e mousse de chocolate;
  • Alimentos com excesso de açúcar, como achocolatados em pó, sucos de fruta prontos, petit suisse e iogurtes (inclusive naturais);
  • Mel;
  • Gordura hidrogenada contida em margarinas e bolachas;
  • Bebidas cafeínadas;
  • Refrigerantes em geral;
  • Sucos naturais somente se diluído com água na proporção de 1 parte de suco para 10 partes de água.

A princípio o método BLW parece ser fácil de aplicar, mas não é. Pois oferecer para o seu bebê o mesmo que a família tem à mesa, pode significar a reeducação alimentar da família toda.

Para cadastrar-se para receber o boletim informativo no seu e-mail, clique aqui.

Um abraço,

Mari.