Para quem está nos conhecendo agora, o Blog Desafio Mamãe surgiu após a descoberta da alergia à proteína do leite de vaca da minha filha mais velha, quando ela tinha 3 anos (há 3 anos). A partir daí, decidi compartilhar informações sobre esta alergia no intuito de ajudar pais de crianças alérgicas ou pessoas alérgicas que passam pela mesma situação.

Desde que minha primeira filha iniciou a dieta isenta de alimentos que possuem proteínas do leite de vaca, mergulhei de cabeça no mundo da APLV afim de conhecer não só alimentos permitidos na dieta, mas informações mais detalhadas sobre tal alergia.

E, nesta jornada de conhecimento, aprendi que além do parto vaginal reduzir as chances de alergias, aprendi também que a exposição precoce às proteínas do leite de vaca pode causar a APLV. Por isso, desta vez, minha luta contra a APLV começou cedo, durante a gestação da Maria Júlia, ao escolher a equipe para assistência ao parto, e na maternidade.

De acordo com o site Alergia ao leite de vaca, a oferta precoce de leite de vaca para bebês, principalmente nos primeiros dias de vida, aumenta as chances de a criança desenvolver APLV, pois os órgãos do trato digestório ainda não estão prontos e a criança poderá ter dificuldade em digeri-lo, absorvendo suas proteínas inteiras, antes de serem digeridas até peptídeos e aminoácidos.

O sistema de defesa do bebê, que também está em fase de maturação, pode confundir a proteína do leite de vaca com algo nocivo e começar a reagir, desencadeando a alergia.

Quando minha primeira filha nasceu, desconhecia que a maternidade poderia ofertar fórmula infantil para o recém-nascido. E, caso fosse informada, sem conhecer a APLV, não os impediria de fazê-lo. Contudo, no nascimento da Maria Júlia, implorei para que a fórmula infantil não fosse administrada à ela.

Ao entrar no centro cirúrgico, perguntei quanto tempo minha filha recém-nascida ficaria no berçário e pedi para a enfermeira que a fórmula infantil não fosse administrada ao bebê. Ao levarem minha filha do centro cirúrgico, pedi novamente que a fórmula infantil não fosse administrada ao bebê – neste momento a enfermeira disse que colocaria um bilhete bem grande no berçário com esta informação e foi aí que tive a absoluta certeza de que é administrada fórmula infantil à todos os recém-nascidos (Perceberam a gravidade do problema?). Passei a mesma informação para outra enfermeira na sala de recuperação e percebi que somente eu recebi o bebê ainda na sala de recuperação para amamentá-lo, e ao trazê-lo a enfermeira disse: “É a sua filha que não pode beber leite, né?”. Aliviada, respondi que sim. Sempre que pedia para não administrarem a fórmula infantil à ela, explicava que a minha primeira filha é alérgica à proteína do leite de vaca e que a chance da minha segunda filha ter a mesma alergia é alta.

Ao ser levada da sala de recuperação para o quarto, pedia sempre para que deixassem minha filha comigo. Durante a primeira noite, a levaram por 3 horas para o que chamam de avaliação do bebê. No segundo dia, foi dado o banho demonstrativo (banho na presença dos pais). Na segunda noite, minha filha dormia ao meu lado quando vieram buscá-la novamente. Questionei firmemente porque tinham de levá-la, uma vez que não queria acordar o meu bebê, e a enfermeira respondeu que seriam 3 horas para a tal avaliação. Muito irritada, pedi que descrevesse tais avaliações, e que se precisasse assinar algum termo de responsabilidade para não tirar meu bebê dali, assinaria. A enfermeira contou que seriam feitos alguns exames, além de pesarem e dar banho no bebê. Eu insistia para que não a levassem porque pela câmera instalada no berçário com imagens no meu quarto, via que minha filha ficava extremamente nervosa e que não parava de chorar por um minuto. E, como meu quarto era exatamente o quarto ao lado do berçário, podia identificar perfeitamente o seu choro. Ainda irritada, perguntei porque dariam outro banho no bebê se naquele mesmo dia ela já tinha tomado banho na nossa presença, e ainda que era absurdo dar banho no bebê naquela hora. A enfermeira respondeu que eles (os bebês) não sabiam que era de madrugada e completou: “Nem a gente sabe, afinal trabalhamos no período noturno, não é mesmo?”. Pobres bebês, morri de dó de cada um deles e apenas autorizei que a levassem para pesar e fazer outras avaliações e não autorizei o banho na minha filha.

Como fui instalada bem ao lado, sempre que minha filha estava no berçário a acompanhava pelo vidro, e pude observar que outros bebês dormiam tranquilos em seus bercinhos enquanto não havia o que pudesse acalmar o meu bebê enquanto estivesse lá. Já no quarto, ela mamava e dormia tranquilamente. Seria a fórmula infantil oferecida para os outros bebês que os deixavam tão calmos no berçário? Nunca saberei a resposta.

E, porque é tão grave oferecer fórmula infantil ao recém-nascido? Além do fato do leite de vaca ser um alimento altamente alergênico, porque quanto mais a criança sugar o seio, mais estimulará o leite materno a descer.

Amamentar não é fácil, e em breve trarei informações de como tudo tem acontecido por aqui, mas até hoje, com 2 meses e 20 dias, tenho feito de tudo para evitar que minha caçula fosse precocemente exposta às tão temidas proteínas do leite de vaca.

A luta contra a APLV na maternidade

No quarto da maternidade

Encontre o meu segundo relato de parto, aqui.

Mais informações sobre a APLV, aqui.

Um abraço,

Neste ano, a Páscoa cairá no dia 27 de março – próximo domingo, e todos sabemos que os ovos de chocolate são um símbolo pascal. Para chocólatras como eu, uma alegria, para pais ou responsáveis de crianças com alergia à proteína do leite de vaca – APLV – mais um motivo de angústia e preocupação.

Para quem está nos conhecendo agora, descobrimos a APLV da primogênita em 2013 e 2014 foi a primeira Páscoa após a descoberta da  sua alergia. Assim, escrevi um post inteiro contanto como lidamos com as festas de escola na semana de comemoração à Páscoa e com as reuniões de amigos e familiares (post completo, aqui).

Neste post, contei também que em 2014 presenteamos nossa pequena com um coelhinho de verdade (seu primeiro bichinho de estimação), que recebeu o nome de Olaf e está conosco até hoje. E o fato de termos um coelho e sabermos o quanto ele precisa de cuidado e atenção, me inspirou a escrever o post “Não presenteie com coelhos de verdade!“, incentivando a posse responsável. Ou seja, ao adotar ou presentear alguém com um coelho, verifique se quem vai receber o presente tem, de fato, o desejo de ter o animal e condições de cuidar dele de maneira adequada.

Após a descoberta da APLV, este é o segundo ano que minha filha poderá consumir ovos de Páscoa sem nos preocuparmos com a dieta de restrição ao leite de vaca. Contudo, esta ainda é uma época que me faz relembrar de todos os cuidados que tivemos de ter com sua alimentação, seja na escola, no nosso círculo de amigos e em meio à nossa família. Por isso, hoje trago uma lista de 6 fabricantes de ovos de Páscoa sem leite de vaca para ajudá-los na compra.

  1. Olvebra
  2. SOS Alergia
  3. Chocolife
  4. Genevy Chocolates Especiais
  5. Chubby Vegan
  6. VegVida (para retirada em Campinas/SP)
6 Fabricantes de ovos de Páscoa sem Leite de Vaca

Ovo de Páscoa VegVida

Humm! Deu até água na boca, não é mesmo?

Feliz Páscoa!

Atenção: Não compre ovos de Páscoa sem lactose para alérgicos à proteína do leite de vaca, pois estes não contém um tipo de açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos. Contudo, indivíduos com APLV reagem à outras proteínas do leite, não somente à lactose. Além disso, certifique-se de que os Ovos de Páscoa sem leite de vaca são produzidos em maquinário exclusivo.

Um abraço,

Foi em nossa última visita à Paraty que minha filha novamente entrou em crise alérgica. A primeira crise foi quando ela estava com 3 anos e descobrimos sua Alergia à Proteína do Leite de Vaca (post completo, aqui).

Durante o primeiro dia da nossa viagem, ao voltarmos da piscina, meu marido deu banho na pequena enquanto eu separava sua roupa. Terminado o banho, o rostinho dela estava completamente vermelho, cheio de bolinhas. A urticária tomava conta rapidamente do seu corpo. Assim, entrei com o antialérgico e os sintomas sumiram rapidamente. Sem saber o que poderia ter provocado, achei melhor protegê-la com a loção anti mosquito para sairmos para jantar.

Devido à dieta de restrição ao leite de vaca, ela não costuma consumir muitos alimentos com leite. E até aquele momento, ela não havia ingerido nada diferente do que é de costume. Aparentemente, ela também não havia sido picada por inseto para ter tido uma reação alérgica naquela proporção. Então, o que poderia ter sido?

No segundo e terceiro dia, novamente após o banho, a tal reação apareceu. Novamente, a mediquei com o antialérgico e a reação desapareceu.

No quarto dia, quando já havíamos retornado para casa, a reação não ocorreu e agradecemos à Deus por isso. Porém, no quinto dia após a primeira reação, a levamos em uma festa infantil. Lá, ela brincou bastante, tanto que transpirou horrores. Ao chegarmos em casa, meu marido sugeriu que déssemos outro banho nela, pois estava suada e havia uma marquinha vermelha em seu peito. Supondo que ela tivesse entrado em contato com algo que tivesse desencadeado a alergia em seu peito, aceitei a sugestão do banho. E, novamente, quando saiu do banho, seu rosto estava vermelho e cheio de bolinhas e a urticária reapareceu em todo o corpo. Novamente, foi medicada com o antialérgico.

Agendei consulta com a alergologista pediátrica e a mesma sugeriu que fizéssemos o teste de contato ou patch test. Neste teste, a alergologista aplica as substancias específicas afim de provocar sua exposição ao alérgeno. O teste é realizado nas costas e a primeira leitura é realizada após 30 minutos com a utilização de uma régua especial.

Por que voltamos para a dieta de restrição ao leite de vaca?

Realizado o teste no próprio consultório, adivinhem o resultado? O resultado do teste foi alergia ao leite de vaca, ácaros e pelos de animais. Contudo, em conversa com a alergologista, chegamos à conclusão de que o grande desencadeador da crise alérgica poderia ter sido os alérgenos aéreos: ácaros da poeira existente na pousada. Como contei para vocês no último post (aqui), a pousada escolhida é ótima, limpa e confortável. Porém, o piso de madeira instalado há muitos anos, tapeçarias, móveis coloniais e antiguidades desencadeou sua crise alérgica.

Contudo, a alergologista pediu que novamente retirássemos o leite de vaca de sua alimentação e evitássemos sua exposição à ácaros e animais. Então, este é o motivo pelo qual voltamos para a dieta de restrição ao leite de vaca. Sua consulta aconteceu em 25 de novembro e a restrição ao leite deve ser feita por no mínimo 20 dias, tempo de seu sistema imunológico restabelecer as condições normais.

Lição aprendida! A partir de agora, ao escolher o local de hospedagem para a minha família, nada de casarões antigos.

Um abraço,