Desfralde

5 de Novembro de 2014

Como aconteceu por aqui? Vou contar para vocês.

Iniciei o desfralde da minha filha em dezembro de 2011, na estação mais quente do ano e durante as férias do meu trabalho, para melhor acompánha-la nesta fase. Nesta época, ela estava com 1 ano e 11 meses. O meu planejamento era para que na sua festa de aniversário de 2 anos ela já estivesse sem fraldas. Porém, aconteceu do meu pai ficar internado por problemas de saúde, e com isso acabei voltando para as fraldas. Eu estava tão nervosa e ansiosa, que temi descontar na pequena.

Desfralde

Passadas algumas semanas, quando meu pai teve alta do hospital e os ânimos da família se acalmaram, retomei o desfralde.  Insisti em realizar o desfralde no verão, pois no calor a quantidade de roupas é menor (isso quando ela não andava só de calcinha pela casa), além do que nesta época as roupas lavadas secam mais rapidamente. E todos nós sabemos que, durante o desfralde, o número de roupinhas para lavar aumenta bastante.

A princípio me parecia impossível fazer uma criança tão pequena usar o banheiro. Dois itens me ajudaram bastante, o tradicional peniquinho e o adaptador de assento. Para facilitar o processo, a disciplina começou em mim antes de passar para ela: de tempos em tempos (não sei precisar quanto tempo, algo intuitivo), a levava ao banheiro para fazer xixi. E quando percebia que ela queria fazer cocô eram horas ao seu lado, contando historinhas de livros infantis ou de revistas em quadrinhos.

No início aconteceram alguns escapes, e estes sempre aconteciam nas situações mais embaraçosas. Eu a levava ao banheiro, ela fazia aquele pouquinho de xixi e quando menos esperávamos, ela fazia aquele montão. Aconteceu no restaurante e até no sofá da vizinha (que vergonha!). Mas, precisamos ter paciência e entender que faz parte do processo. Me lembro que a única vez que me irritei foi em um restaurante, quando o garçom acabara de chegar com o nosso almoço. Mas, um dos segredos para o sucesso do desfralde é não nos irritarmos e/ou demonstrarmos frustação quando os escapes acontecem. Em toda as outras vezes, meu marido e eu levamos na esportiva e comemorávamos quando ela conseguia segurar até chegar ao banheiro.

Uma brincadeira que fazia e que dava supercerto, despertando a curiosidade dela, era: “Que cor será que o xixi vai vir agora? Rosa? Azul? Amarelo?” E após fazer o xixi ela dizia risonha: “Amarelo!!!”. Passado um tempo, me recordei da situação e brinquei com ela, então ela respondeu: “Amarelo mamãe, xixi é amarelo!”. Como nossas crianças crescem rápido!!!

Outra dica é criarmos uma relação com os pequenos a ponto de prever quando está “na hora” de irem ao banheiro. Levar na bolsa muitas trocas, também ajuda.

Os escapes aconteceram por volta do primeiro mês, no segundo eles praticamente não existiram.

Cheguei a usar a fraldas Pull-Ups, aquelas que vestem como calcinha/cueca, mas não gostei, porque a minha filha não entendia este produto como calcinha, mas como uma fralda comum. E, sempre que tirava a fralda pela primeira vez para ir ao banheiro, ela nunca vestia justinha como durante o primeiro momento de uso.

Durante o desfralde diurno, percebi que ao acordar (por volta das 06h da manhã) sua fralda ainda estava seca. Com isso, ao invés de voltar a dormir, a levava ao banheiro ainda dormindo. Ela fazia xixi sem mesmo abrir os olhos. Então, rapidamente decidi fazer o desfralde noturno também. Com 2 anos e quase 2 meses, ela já não usava fraldas nem durante o dia e nem durante a noite.

O desfralde parece ser um bicho de 7 cabeças porque trata-se do controle esfincteriano, palavra que dá a impressão de algo difícil até para nós, adultos. Mas, assim como seu filho deverá prestar atenção em seu próprio corpo nesta fase, concentre-se para sentir as necessidades do seu filho(a). Sempre que levá-lo(a) ao banheiro, aproveite para fazer xixi também, assim, quando sentir que está ficando com vontade de ir ao banheiro, saberá que é hora de levá-lo(a). Apetrechos musicais e luminosos, como alguns troninhos e peniquinhos, podem ajudar, mas não são essenciais.

E, a última dica, é ter muito, muito carinho para acompanhar esta fase do seu bebê, que está crescendo rapidamente.

Um abraço,

Mari.

Poucos dias após escrever o post sobre o aniversário de 1 ano do Blog Desafio Mamãe, onde digo que a grande razão pela existência do Blog é, e sempre foi, o infindável amor que sinto pela minha filha, uma publicação no Facebook me chamou muito a atenção. A postagem foi de uma colega que tem uma filha linda, com pouco menos de 2 anos, que dizia: “Devo minha felicidade a esse tratamento! Graças a ele, minha Gabi veio ao mundo! (…) Muito bom ler esse artigo e ver que venci tudo isso”. Ela estava falando sobre um tratamento de fertilização.

A Daniela, mamãe da Gabi, tentou engravidar durante 2 anos sem sucesso, até que fez um tratamento e conseguiu. E esta curta postagem no Facebook, fez a minha cabeça e o meu coração, principalmente, fervilhar. Pensei em todas as mulheres que já conheci que demoraram e outras que ainda não conseguiram engravidar, que fazem de tudo para ter um bebê. E fiquei emocionada ao me atentar que o amor por um filho, este amor inexplicável e infinito, começa antes mesmo de termos o bebê em nossos braços.

Quando planejamos ter um filho (acesse o post sobre o planejamento do nosso bebê, aqui), o amor por ele, passa a existir a partir daí, deste momento. A divina vontade de gerar uma vida, preservar por ela e de abdicar de todas as nossas até então prioridades, para satisfazer a necessidade do outro, é o amor por um filho que brota no nosso coração.

Mas, de que tratamento estamos falando? É o tratamento de imunização com linfócitos paternos (ILP) para casos de abortamentos de repetição de causa aloimune. Explicando melhor:

“O sistema imune materno possui mecanismos para reconhecimento da carga genética diferente de um feto, e com isso, consegue protegê-lo contra a destruição. Há, portanto, a produção de anticorpos bloqueadores que protegem o embrião recém-implantado no útero. Este tipo de resposta recebe o nome de aloimunidade.

Quando não existe grande variabilidade genética entre o homem e a mulher, mesmo que eles não sejam parentes, tais anticorpos não são produzidos, deixando o embrião suscetível ao ataque do sistema imune.

Sendo assim, o embrião tem maior chance de ser destruído pelo sistema imune da mãe e o quadro clínico em tais casos poderá ser reconhecido como abortamento de repetição. A avaliação da presença de tais anticorpos é feita com um exame denominado Cross-Match, que pesquisa a existência de anticorpos contra linfócitos paternos no sangue da mãe.

Assim, para tais casos, existe um tratamento imunológico baseado na utilização de vacinas produzidas com linfócitos presentes no sangue do pai, que são injetados no organismo da mãe com o intuito de estimular, por uma via diferente, a produção de anticorpos contra o HLA paterno, que poderão, assim, ter o efeito protetor numa gravidez.”

Texto retirado do RDO Diagnósticos Médicos.

A Daniela também tem um Blog onde conta a sua história, desde o início do namoro com o papai da Gabi, passando por todas angústias com o tratamento e a felicidade de quando engravidou, até os dias de hoje. Clique aqui para acessá-lo.

Além deste, existem outros problemas e outros tratamentos para fertilidade. Mas, a principal mensagem que quero trazer com este post não é sobre as causas e tratamentos da fertilidade, mas sobre o que acontece antes, o amor pelos filhos que fazem mulheres procurar por um tratamento de fertilidade.

Através da imagem da Daniela com sua filha, fica a certeza de que vale a pena qualquer sacrifício para termos um filho. Vale a pena todos os incômodos da gravidez e vale a pena cada minuto dedicado a eles por todo o resto de nossas vidas.

Tratamento de fertilização

Concordam comigo?

A Daniela Unterkircher é de São Paulo, capital. Obrigada Daniela, por ser nossa Colaboradora, dividindo conosco a sua história.

Um abraço,

Mari.

Olaf é o nome do boneco de neve que Elsa criou para Anna quando crianças no filme Frozen, da Disney. No decorrer da estória, Olaf cria vida e diz adorar abraços quentinhos. Ele se torna o grande amigo de Anna e a ajuda, em episódio crucial da trama, quem a ama de verdade. Nesta mesma cena, Olaf começa a derreter no calor do fogo e diz que vale a pena derreter por algumas pessoas. Tem como não se apaixonar por um personagem fofo desse? Nós nos apaixonamos!

Contudo, foi este o nome que escolhemos para um bichinho branco e orelhudo que chegou em casa na Páscoa para trazer os ovos de chocolate de soja da minha filha e acabou por derreter os nossos corações, em especial o coração da mamãe.

Após o seu  primeiro ano, meu marido e eu passamos a esconder os ovos de chocolate e fazermos trilha com pegadas de coelho adesivas no dia de Páscoa. Porém, como neste ano a minha estava em dieta de restrição ao leite de vaca, a ideia de trazermos um coelho surgiu para desviarmos a sua atenção em relação aos ovos de chocolate. (Leia o post completo sobre a nossa Páscoa sem leite de vaca, aqui). E desde então, o coelho Olaf se tornou membro da nossa família, o seu primeiro bichinho de estimação.

A ideia inicial seria de levarmos o coelhinho para o sítio dos meus pais, pois pensarmos na mudança da rotina que ele poderia surtir, sem contar os gastos com ração, remédio, visitas ao veterinário e produtos para manter a sua gaiola sem cheiro e etc. Mas, além de me apaixonar por ele, ponderei sobre os benefícios da convivência da minha filha com ele.

Um bichinho de estimação demanda bastante atenção, principalmente quando filhote. É como termos um recém-nascido em casa. A fase inicial é aquela em nos acostumamos com ele e ele se acostuma com a gente. Vamos conhecendo seus hábitos e preferências. E, mesmo pesquisando na internet sobre os hábitos dos coelhos, um animal silvestre, introduzi um alimento que não fez bem para ele. Coelhos podem comer tal alimento, mas talvez ele fosse muito novo para ingerí-lo. Com isso, ele teve diarreia e deu um trabalhão, até que entramos com antibiótico e ele sarou. Até então, foram sábados no veterinário e cuidados redobrados com o nosso Olaf. Por isso, antes de pegarmos um bichinho de estimação, devemos ter consciência do trabalho que este pode nos dar, e termos consciência de que animal não é brinquedo, não podemos abandoná-lo nas dificuldades.

A minha filha gosta do seu coelhinho, mas tem bastante ciúmes dele. Cuidar do Olaf a ajudou entender que um bichinho de estimação é muitas vezes frágil como uma bebê, e a ajudou assimilar sobre a preservação da vida e no desenvolvimento do senso de responsabilidade, pois caso não tivéssemos nos dedicado ao cuidar dele, ele poderia ter morrido.

Olaf: um bichinho de estimaçãoOlaf: um bichinho de estimaçãom coelho não tem a mesma interação com a criança que um cachorro, por exemplo. Por outro lado, é um bichinho de estimação menos carente. Por serem animais silvestres, gostam de liberdade, mas com certa distância dos humanos, diferente dos cachorros.

A minha filha tinha acabado de completar 4 anos e achei que esta idade era ótima para adotarmos um bichinho de estimação, devido a sua capacidade de se defender e entender algumas regrinhas do que é ou não permitido fazer. Por enquanto, os cuidados com o Olaf são de minha responsabilidade, servindo de modelo para ela, mas conforme ela for crescendo, poderei transferir algumas responsabilidades, como reabastecer sua panelinha de ração, por exemplo.

Assista o vídeo e conheça a “casinha” do Olaf, nosso bichinho de estimação, aqui.

E você, tem um bichinho de estimação? Como é a relação do seu filho(a) com ele? Comente!

Abraços, Mari.