Mamãe em tempo integral

Confesso que não gosto da expressão “mamãe em tempo integral”, e não é porque optei por continuar trabalhando após o nascimento da minha filha. Mas, em minha opinião, esta expressão coloca num ringue a quantidade e a qualidade de horas que cada mamãe passa com o seu filho.

Antes mesmo de engravidar da minha filha, planejava colocá-la num berçário para continuar trabalhando após a licença maternidade.  Mas, com o bebê nos braços, o sentimento mudou e passei a me questionar se esta seria a melhor opção a ser tomada. E mesmo optando por continuar trabalhando, ao longo desses 4 anos, venho observando a rotina de quase uma centena de mães e filhos para garantir que, até o momento, esta opção foi acertada.

Na realidade, apenas três mamães que conheço deixaram carreiras promissoras para cuidar dos seus filhos. A primeira o fez porque trabalhava em uma cidade e morava em outra, e teve problemas com a escola do seu primogênito. Assim, optou primeiramente em deixar o seu filho aos cuidados da vovó materna até que decidiu parar de trabalhar para cuidar dele. Em seguida, teve seu segundo bebê e está muito feliz com a opção tomada. A segunda teve uma gravidez de risco do seu primeiro filho, e tomou esta decisão ao descobrir a gravidez (não planejada) do seu segundo bebê. A terceira optou por deixar de trabalhar fora para realizar o sonho de ter dois bebês em um espaço curto de tempo, uma gravidez seguida de outra.

Todas as outras mamães que conheço que deixaram de trabalhar para cuidar dos seus rebentos é porque a opção de continuar trabalhando fora não compensava financeiramente. Ou seja, o gasto com uma escola particular ou com a contratação de uma babá, era maior do que o seu salário mensal.

Além disso, conversando com as mamães que passaram a ficar em casa para dedicar-se aos afazeres domésticos e aos cuidados dos seus filhos, percebi que elas também possuem poucas horas livres para ficar com eles. Os afazeres domésticos são tão corridos e cansativos quanto o trabalho fora, o que me faz concluir que o tempo de dedicação aos pequenos acaba por ser quase os mesmos.

Porém, vale ressaltar que faço esta afirmação em um cenário que considera que a mamãe que deixou de trabalhar fora para cuidar dos seus filhos, possa contar com, no máximo, uma diarista que a ajude em uma ou duas vezes por semana, sobrando para si muitos afazeres domésticos.

Outro ponto importante a ser considerado é que valorizo as brincadeiras infantis lúdicas e considero a atenção dos pais muito importante na criação dos filhos, o que exclui da comparação mamães que consideram que o tempo que passam perto dos filhos por si só é de qualidade, e acabam usando de artifícios que eu particularmente não gosto para terem para si mais tempo livre, como jogos de videogame e computador, por exemplo.

Também estão isentas da comparação as mamães com carga horária de trabalho excessiva, que se ausentam durante tanto tempo que não possuem duas ou três horas livres em companhia dos seus filhos. Além das mamães que não possuem outra fonte de renda que não seja o fruto do seu trabalho.

E afinal, por que não gosto da expressão “mamãe em tempo integral”?

Porque levando em consideração todas as observações acima, porque esta expressão é usada muitas vezes como resposta para uma pergunta preconceituosa relacionada à escolha da mamãe que optou por ser dona de casa, não significa que uma mamãe que trabalha fora também não seja “mamãe em tempo integral”. Ou as pessoas acham que a mamãe que trabalha fora possuem um botão ON/OFF na função “mamãe”?

E mais, associar que uma mamãe é uma “mamãe em tempo integral” porque ela optou por ficar em casa desempenhando tarefas domésticas, significa associar que uma criança não é um ser humano, mas sim mais uma tarefa doméstica. E num mundo machista, tarefas domésticas são destinadas às mamães.

Este é um assunto polêmico, e em minha opinião, assim como as mamães dividem receitas sem julgarem o paladar uma da outra, as mamães também deveriam apoiarem-se quanto à opção trabalhar fora ou não sem julgarem a opção uma das outras. Pois quanto menos julgamento, mais ausência de culpa. Quanto mais ausência de culpa, mais fácil será para nós, mamães de corpo, alma e tempo integrais, tomar e retomar a decisão de trabalhar fora ou não.

Abraços,

Mari.

Como contei para vocês no post sobre o livro O Balde das Chupetas, a minha filha completaria 4 anos e ainda chupava chupeta, e isto estava me incomodando muito. Foi então que combinamos que no dia do seu aniversário todas as suas chupetas seriam colocadas no “Balde das Chupetas”, e que ela poderia pedir um presente em troca, como na estória do livro.

No dia do seu aniversário, porém, estávamos tão cansados ao final da festa, que não depositamos as chupetas no balde. Em seguida, iniciaram as aulas na nova escola e achei que este não seria o momento ideal de nos desfazermos das suas chupetas, companheira de tantos anos.

Foi então, que num sábado tranquilo, minha filha depositou todas as suas chupetas no “Balde das Chupetas”, para que juntas pudessem ser felizes para sempre. E, por sorte, lembrei-me de filmar este momento tão importante na vida de uma criança, que muitas vezes marca o “ser bebê” do “ser uma menininha” ou “ser um menininho”.

Confesso que, minutos depois de desligar a câmera, a minha filha chorou e pediu a sua “pepeta” de volta, mas meu marido e eu fomos persistentes, e com muitos abraços e beijos, conseguimos contornar a situação. De lá para cá, ela pediu a sua “pepeta” algumas vezes, mas graças a Deus, resistimos à todos os pedidos.

Hoje, há quase dois meses após a minha filha ter largado a chupeta, o único momento em que ela a pede é quando visitamos a vovó materna, pois como vocês sabem, até o final de 2013, a minha filha passava meio período na escola e meio período do dia com a vovó. E, ela deve “lembrar com saudades” das tardes em que ficava na sala, em companhia da sua “pepeta”, no colinho da vovó, assistindo desenhos e filmes infantis. Mas, ter uma chupeta no bolso em uma situação como essa está longe da realidade. Em definitivo, podemos dizer que a época da “pepeta” se foi… Tchau, Chupeta!

Ainda hoje, quando estamos no shopping ou em qualquer outro lugar em que ela vê uma criança da sua idade ou mais velha com chupeta, ela me olha com cumplicidade e diz baixinho: “Olha mamãe, ele(a) ainda usa chupeta!” E dá um sorrisinho secreto que nós duas entendemos.

Quando ela vê um bebê com chupeta, eu sempre explico que bebês podem chupar chupeta porque ainda não poussuem dentes, mas que depois que os dentinhos crescem, a chupeta faz mal, podendo entortar os dentinhos da criança.

E você, como fez para o seu filho(a) largar a chupeta? Conte-nos a sua história!

Abraços,

Mari.

Em um dos meus primeiros posts, chamado Leite de Soja (acesse o post completo, aqui), citei sobre o desmame precoce da minha filha. Com apenas um mês seu pediatra recomendou que oferecêssemos a fórmula infantil NAN como complemento após a amamentação, e no dia em que a minha filha completou 2 meses, meu leite secou completamente.

Desde o seu primeiro mês de vida, fiz tudo o que me foi recomendado para que a produção do leite materno aumentasse, mas sem sucesso.

Na época não foi diagnosticado. Mas hoje, acredito que sofri de ansiedade pós-parto. Conheça os sintomas por Bernik, da USP:

  • Preocupação excessiva com o que está acontecendo conosco, ficando nervosa, tensa e indecisa;
  • Dificuldade em manter a estabilidade emocional, chorando e se desesperando com facilidade;
  • Medo excessivo de o bebê parar de respirar, de não ter leite, de haver germes ou resíduos no ambiente que levem a criança adoecer.

Bernik afirma que a ansiedade pós-parto pode dificultar a liberação do leite pelos ductos mamários em consequência das diversas mudanças hormonais causadas pelo estresse no corpo. Entre elas, a diminuição da produção do leite. Ele também afirma que a ansiedade pós-parto é tão perigosa quanto a depressão pós-parto.

Fonte: Aleitamento.com

Confesso que, além desses sintomas, também senti vergonha de amamentar em público. Quando precisava amamentar fora de casa, queria que o tempo da amamentação fosse o mais curto possível.

Na época, tive aconselhamento em amamentação por parte da empresa em que trabalhava via telefone. Porém, quando a enfermeira se prontificou a visitar-me, já não produzia mais leite.

E você, amamentou o seu filho(a)? Conte-nos sobre a sua experiência. Seja Colaboradora.

Abraços, Mari.