Com embalagens muito semelhantes e expostos uns entre os outros nas prateleiras dos supermercados, a margarina e o creme vegetal são comumente confundidos. Porém, a margarina deve ser evitada por pessoas com alergia à proteína do leite de vaca, uma vez que contém até 3% de gordura láctea, leite ou soro de leite em sua composição. Já os cremes vegetais podem ser consumidos por pessoas com APLV, pois não possuem leite em sua formulação.

Aqui em casa usamos o creme vegetal Becel pela facilidade de encontra-lo para venda, mas é bom conhecermos os cremes vegetais existentes no mercado atualmente. São eles:

Margarina x creme vegetal

Becel®

 

Margarina x creme vegetal

Margarella®

 

Margarina x creme vegetal

Soya®

Fonte: Revista Crescer

Atenção: Com exceção do creme vegetal Becel, as demais podem conter traços de leite.

Um abraço, Mari.

Corante caramelo

29 de maio de 2014

Desde que descobri a alergia à proteína do leite de vaca da minha filha há quase um ano, tenho ouvido e lido que o corante caramelo pode indicar a presença de leite ou algum derivado, e por isso alimentos com corante caramelo entrariam na lista de ingredientes que devem ser evitados por pessoas com APLV. Assim, excluímos da sua dieta todos os alimentos que contém esta substância.

Contudo, na última terça-feira publiquei aqui no Blog Desafio Mamãe um post com a informação de que os refrigerantes “tipo cola” e guaraná supostamente não poderiam ser consumidos por indivíduos com APLV, uma vez que a maior aplicação do corante caramelo (cerca de 75%) é neste segmento.

Mas, graças a Deus, o texto foi lido rapidamente por duas colegas do grupo Tips4APLV do Facebook que sugeriram a correção do post, pois o corante caramelo utilizado nos refrigerantes brasileiros é do tipo Caramelo IV, produto obtido pelo aquecimento de açúcares a temperaturas superiores aos dos pontos de fusão, e portanto, não contém leite ou algum derivado.

Mas, por que ouve-se e lê-se tanto que o corante caramelo pode indicar a presença de leite ou algum derivado? Porque utiliza-se sacarose para produzir o caramelo em preparos caseiros. A sacarose pura, aquecida diretamente, funde a 160ºC (derrete) tornando-se amarela e depois marrom claro. Neste ponto se adiciona água, por exemplo, para preparo de caldas, ou leite para preparo de leite caramelizado. Portanto, na lista de ingredientes que pessoas com APLV não devem consumir aparece o sabor caramelo, confundido facilmente com o corante caramelo.

A minha filha prefere água e suco às bebidas gaseificadas, e portanto os refrigerantes já eram excluídos da sua dieta antes mesmo da descoberta da APLV. Mas, de posse da informação de que corante caramelo pode indicar a presença de leite ou algum derivado, é possível que neste um ano de dieta de exclusão, tenhamos excluído alimentos que ela poderia consumir, devido à esta substância.

Atenção! Embora este texto pareça ser bastante esclarecedor, na dúvida, entre em contato com o SAC da empresa antes de consumir ou liberar o consumo de algum alimento ou bebida em casos de alergia alimentar.

As tipetes (colegas do grupo Tips4APLV) que me ajudaram corrigindo o post sobre o Corante Caramelo e indicando fontes seguras foram:

Meire S. Santos, mamãe do Caio, de 3 anos. O Caio possui APLV desde bebê e é mediado até hoje, possuindo reações fortes, reagindo até mesmo ao toque. Mediado para leite, ovo, corante e farmaco. Meire precisou parar de trabalhar para dedicar-se exclusivamente aos cuidados do pequeno;

Rubiane Ganascim Marques, engenheira química pela Universidade Estadual de Maringá e mamãe do Giovane.

Artigos técnicos consultados:

Um abraço,

Dicionário APLV

20 de maio de 2014

Dicionário APLV

Ao descobrir a alergia à proteína do leite de vaca da minha filha, tive que aprender muito mais além daquilo que ela pode ou não pode comer, tive de incorporar ao nosso dia-a-dia um verdadeiro dicionário APLV.

Começando pela sigla APLV, que significa Alergia à Proteína ao Leite de Vaca, esclareço abaixo diversas palavras relacionadas a esta alergia:

LV: leite de vaca

CV: carne de vaca

LA: aleitamento com fórmulas infantis. Estas fórmulas podem ser introduzidas na alimentação de lactentes com a indicação expressa de um profissional de saúde em pequenas quantidades, mesmo quando o bebê ainda se alimenta de leite materno, recebendo o nome de complemento. Saiba como foi a introdução da fórmula infantil e a primeira reação alérgica da minha filha, aqui.

LD: livre demanda. Aleitamento materno sem horários definidos para a amamentação. Consulte o post completo sobre Livre Demanda, aqui.

IA: introdução alimentar em bebês que até então somente se alimentavam de leite materno. É durante a introdução alimentar de determinados alimentos que podem ser observadas as primeiras reações alérgicas.

Provocação: teste de introdução de alimentos com proteínas do leite de vaca na alimentação do indivíduo com APLV. Este teste também pode ser chamado de duplo-cego, quando médicos e responsáveis não sabem que o indivíduo possui em sua dieta os alimentos alergênicos.

LM: aleitamento materno.

Dieta de exclusão ou hipoalergênica: retirada dos alimentos com proteínas do leite de vaca da dieta. Fiz um post sobre a dieta hipoalergênica da mamãe durante o LM, para acessá-lo, clique aqui.

Traços: “contaminação” do produto que foi fabricado ou manipulado por máquinas e/ou utensílios onde foram fabricados ou manipulados produtos com proteína do leite de vaca ou derivados. Assim, os produtos com traços de leite acabam por conter quantidades mínimas desses ingredientes durante a fabricação ou manipulação. Também fiz um post com mais informações sobre os traços de leite, para acessar o post completo, clique aqui.

Alimentos limpos: alimentos que não possuem em sua composição proteínas do leite de vaca, incluindo a isenção de traços.

Manifestações mediadas ou não mediadas: são reações mediadas por IgE aquelas que ocorrem de minutos a duas horas após a ingestão do alimento alergênico. Manifestações não IgE-mediadas, ocorrem 48 horas ou até uma semana após o contato. Para mais informações sobre as reações após a introdução do alimento alergênico, clique aqui.

Ingredientes que podem conter leite de vaca: aroma de queijo, sabor caramelo, caseína, sabor creme da bavária, caseinato, sabor creme de coco, lactoalbumina, sabor de açúcar queimado, lactoglobulina, sabor de manteiga, lactose, sabor iogurte, lactulose, sabor leite condensado, proteínas do soro, sabor queijo, soro de leite, whey protein, sabor artificial de manteiga e soro de manteiga.

Lactose: açúcar presente no leite e seus derivados.

IL: intolerância a lactose. Também fiz um post sobre a diferença entre intolerância a lactose e alergia à proteína do leite de vaca, para acessá-lo, clique aqui.

RAST: exame de sangue para o diagnóstico da alergia alimentar. Este exame pesquisa a presença de anticorpos IgE (responsáveis pela alergia) para o alimento suspeito de desencadear alergia alimentar. Através deste exame, é diagnosticada alergia aos principais alimentos que causam reações alérgicas: leite de vaca, ovo, trigo, soja, amendoim, castanha e nozes, peixes e frutos do mar. Acesse o post sobre o aumento dos casos de alergia alimentar, aqui.

Muco: uma das reações causadas pela alergia à proteína do leite de vaca é o aumento do catarro (o leite de vaca aumenta o muco), presentes nas crianças que parecem sempre estar doentes. Outras reações causadas pela APLV são quadros de diarreia, peso menor do esperado, prisão de ventre, irritabilidade, refluxo, vômitos, vermelhidão na pela, chiado, entre outros. Leia o relato completo da descoberta da APLV da minha filha, aqui.

Diário alimentar: relatório diário com informações sobre a alimentação ingerida pela pelo indivíduo com alergia à proteína do leite de vaca.

Prick-test: teste realizado para avaliar se o paciente apresenta reação alérgica a algum dos componentes que foram expostos através da pele seguida de pequena perfuração, normalmente no antebraço.

E Atenção! Somente um profissional de saúde está capacitado para diagnosticar a APLV. Juntamente com ele, o nutricionista poderá prescrever a dieta correta para que o seu bebê não tenha problemas de desenvolvimento e crescimento por falta de nutrientes.

Se você se lembrar de algum outro termo, ou tenha dúvidas em relação a um termo provavelmente relacionado à APLV, comente, que responderei e/ou completarei o nosso Dicionário APLV imediatamente.

Abraços,

Mari.