Teste de provocação

25 de Junho de 2014

No último sábado, dia 14 de junho, iniciamos o teste de provação seguindo orientação médica.

Após um ano em dieta de exclusão de alimentos que contém proteínas do leite de vaca, o teste de provocação significa a liberação pelo médico dos alimentos antes proibidos para avaliar a reação da minha filha. Estes significados também constam no nosso Dicionário APLV.

Teste de provocação

Como o grau da sua alergia é 2, seu médico apenas recomendou que o teste seja feito em pequenas quantidades, uma vez ao dia, e que eu sempre esteja com o seu antialérgico em mãos. Mas, em pessoas mais sensíveis, o teste de provocação deve ser realizado apenas com supervisão do alergista, em ambiente hospitalar, devido à possibilidade de reação grave.

A princípio, optei por não informar a família e a escola, para que somente o papai e eu possamos oferecer alimentos com proteína do leite de vaca.

Depois de tanto tempo fazendo o rigoroso controle dos alimentos a serem ingeridos por ela, é uma sensação bastante estranha permitir que a nossa filha coma um pedaço de pizza de mussarela ou um pão de queijo, por exemplo. De acordo com o seu médico, podemos manter na sua alimentação o leite de soja, e devemos oferecer alimentos com traços, derivados de leite de vaca e alimentos com o leite de vaca entre os ingredientes. Assim, o seu “tetê” continuará sendo preparado da mesma maneira como contei neste post.

O fato de termos poucos alimentos em casa que contenham proteína do leite de vaca também nos faz estranhar muito esta nova situação. É uma readaptação após a dieta de exclusão.

Hoje, completamos 1 semana e meia de teste de provocação e até agora a minha filha não apresentou nenhuma reação. Confesso que o medo faz com que eu permita que ela ingira algum alimento antes proibido somente de vez em quando, como uma vez ao dia, durante um dia sim e dois dias não. Mas, o teste está sendo feito e ela tem reagido bem!

Vamos torcer para que ela continue sem reação até o início do próximo mês, quando voltaremos ao pneumologista. Caso ela apresente reação, a orientação é retornarmos antes disso.

Qualquer novidade, correrei para contar para vocês!

Um abraço,

Mari.

Vocês se lembram do post sobre a revista Revista Vínculo?

Hoje, trago a notícia de que na última edição da revista há entrevista sobre APLV com o Dr. Moisés Chencinski, pediatra.

Revista Vínculo - Edição 7

Para acessar a entrevista em que o Dr. Moisés nos conta, inclusive, o que não adianta ser feito nos casos diagnosticados como APLV, clique aqui! Vale a leitura!

Um abraço,

Mari.

Corante caramelo

29 de Maio de 2014

Desde que descobri a alergia à proteína do leite de vaca da minha filha há quase um ano, tenho ouvido e lido que o corante caramelo pode indicar a presença de leite ou algum derivado, e por isso alimentos com corante caramelo entrariam na lista de ingredientes que devem ser evitados por pessoas com APLV. Assim, excluímos da sua dieta todos os alimentos que contém esta substância.

Contudo, na última terça-feira publiquei aqui no Blog Desafio Mamãe um post com a informação de que os refrigerantes “tipo cola” e guaraná supostamente não poderiam ser consumidos por indivíduos com APLV, uma vez que a maior aplicação do corante caramelo (cerca de 75%) é neste segmento.

Mas, graças a Deus, o texto foi lido rapidamente por duas colegas do grupo Tips4APLV do Facebook que sugeriram a correção do post, pois o corante caramelo utilizado nos refrigerantes brasileiros é do tipo Caramelo IV, produto obtido pelo aquecimento de açúcares a temperaturas superiores aos dos pontos de fusão, e portanto, não contém leite ou algum derivado.

Mas, por que ouve-se e lê-se tanto que o corante caramelo pode indicar a presença de leite ou algum derivado? Porque utiliza-se sacarose para produzir o caramelo em preparos caseiros. A sacarose pura, aquecida diretamente, funde a 160ºC (derrete) tornando-se amarela e depois marrom claro. Neste ponto se adiciona água, por exemplo, para preparo de caldas, ou leite para preparo de leite caramelizado. Portanto, na lista de ingredientes que pessoas com APLV não devem consumir aparece o sabor caramelo, confundido facilmente com o corante caramelo.

A minha filha prefere água e suco às bebidas gaseificadas, e portanto os refrigerantes já eram excluídos da sua dieta antes mesmo da descoberta da APLV. Mas, de posse da informação de que corante caramelo pode indicar a presença de leite ou algum derivado, é possível que neste um ano de dieta de exclusão, tenhamos excluído alimentos que ela poderia consumir, devido à esta substância.

Atenção! Embora este texto pareça ser bastante esclarecedor, na dúvida, entre em contato com o SAC da empresa antes de consumir ou liberar o consumo de algum alimento ou bebida em casos de alergia alimentar.

As tipetes (colegas do grupo Tips4APLV) que me ajudaram corrigindo o post sobre o Corante Caramelo e indicando fontes seguras foram:

Meire S. Santos, mamãe do Caio, de 3 anos. O Caio possui APLV desde bebê e é mediado até hoje, possuindo reações fortes, reagindo até mesmo ao toque. Mediado para leite, ovo, corante e farmaco. Meire precisou parar de trabalhar para dedicar-se exclusivamente aos cuidados do pequeno;

Rubiane Ganascim Marques, engenheira química pela Universidade Estadual de Maringá e mamãe do Giovane.

Artigos técnicos consultados:

Um abraço,