Desde 2010, quando minha filha nasceu, um dos maiores problemas que tenho enfrentado é a administração do tempo. E, com certeza, não estou sozinha neste barco. Muitas mamães, assim como eu, planejam um mundo de coisas e não conseguem realizar metade delas.

Como qualquer mortal em tal situação, fico algumas vezes frustada por não ter conseguido realizar tudo aquilo que desejava. Afinal de contas, gostaria de ter mais tempo para organizar cada cantinho da minha casa (como gavetas e armários), como contei que fiz no post “Férias também é tempo de: Reorganizar“. Gostaria de ter mais tempo para escrever e com isso atualizar o blog diariamente. Gostaria de ter mais tempo para o salão de beleza. Gostaria de ter mais tempo para revelar minhas fotos, como contei que faço no post “Organização das fotografias” e “Usando quadros com fotografias“. Gostaria de ter mais tempo para decorar minha casa. Enfim, quando temos filhos, abrimos mão de uma série de coisas de interesse estritamente pessoal, para nos dedicarmos aos interesses e resolver os problemas destes pequenos seres que dependem de nós.

Tenho tomado algumas atitudes no intuito de melhor organizar meu tempo, como manter uma agenda de compromissos. E tudo vai para esta agenda, como encontros com amigos e familiares, dias em que tenho aulas (inglês ou hidroginástica – leia mais aqui), festas de aniversários, reuniões escolares, horários no salão, consultas médicas e etc. Além disso, procuro agir naquilo que tem maior urgência, e é este o motivo pelo qual muitas coisas planejadas não são finalizadas ou até mesmo iniciadas. E tudo aquilo que puder ser “terceirizado”, será. Como a faxina da casa, a lavagem do carro e muitas outras coisas que, por mais que tenham um custo mais elevado, facilitam o nosso dia a dia.

Sim, e sei que meu tempo ficará ainda menor quando a Maria Júlia nascer. Procuro me preparar psicologicamente para lidar com os diversos sentimentos que a chegada de um bebê traz para a família inteira, emoções que nos demandam energia e… tempo.

Porém, mesmo sabendo que ter mais tempo para fazer tudo o que desejava me manteria ainda mais equilibrada, aprendi que a alegria desta vida está exatamente nas pequenas coisas que não nos programamos para fazer, como receber um abraço, um beijo e/ou um sorriso sincero de um filho, participar do seu desenvolvimento e progresso e estar presente em momentos únicos da sua vida.

Sim, depois que me tornei mãe tenho problemas para administração do tempo, mas tenho resolvido em meu coração de que esta foi e é a melhor escolha que poderia ter feito.

A administração do tempo

E você, o que faz para melhor administrar seu tempo?

Um abraço,

No penúltimo sábado, compareci à reunião de pais e mestres da escola em que minha filha estuda. E lá, os pais receberam um texto para reflexão que não há como não nos encaixarmos em pelo menos uma frase do texto. Por isso, resolvi trazê-lo para vocês.

Mensagem à família

Mensagem à Família

Eugênia Puebla

Na educação de nossos filhos

Todo exagero é negativo.

Responda-lhe, não o instrua.

Proteja-o, não o cubra.

Ajude-o, não o substitua.

Abrigue-o, não o esconda.

Ame-o, não o idolatre.

Acompanhe-o, não o leve.

Mostre-lhe o perigo, não o atemorize.

Inclu-a, não o isole.

Alimente suas esperanças, não as descarte.

Não exija que seja o melhor, peça-lhe para ser bom e dê exemplo.

Não o mime em demasia, rodeie-o de amor.

Não o mande estudar, prepare-lhe um clima de estudo.

Não fabrique um castelo para ele, vivam todos com naturalidade.

Não lhe ensine a ser, seja você como quer que ele seja.

Não lhe dedique sua vida, vivam todos.

Lembre-se de que seu filho não o escuta, ele o olha.

E, finalmente, quando a gaiola do canário se quebrar, não compre outra…

Ensina-lhe a viver sem portas.

Um abraço,

Mari.

Babywearing

28 de setembro de 2015

Babywearing é a prática de “vestir” o bebê, ou seja, uma forma de carregar o bebê praticada há séculos em todo o mundo. Na época em que estava grávida da minha filha (há 6 anos), apenas conhecia a forma de carregar o bebê junto ao corpo com um acessório conhecido no Brasil como canguru. Ainda assim, não me lembro onde li que o método não seria benéfico para o bebê, pois o deixaria “mal acostumado”, causando o choro quando estivesse longe do calor e cheiro da mãe. Na época, também li que o método dificultaria nossa separação ao fim da licença maternidade. Por isso, optei por não usar o tal canguru.

No entanto, hoje lamento muito não ter encontrado uma índia em meu caminho (leia-se mulher de tribo indígena ou mulher urbana defensora da maternidade consciente e ativa), que me explicasse ou me provocasse o suficiente para buscar informações pautadas em evidências científicas no quão benéfico é o babywearing.

Babywearing

babywearing ganhou popularidade nos últimos anos e uma das principais razões é devido a influência dos defensores da criação com apego (como explico neste post). Porém, ao invés do uso dos cangurus, é incentivada a prática de carregar o bebê em slings. De acordo com a empresa Barriga de Pano (artigo completo, aqui), sling é todo carregador de bebê, não estruturado, que permite formar uma espécie de saco ou rede, onde se carrega o bebê próximo ao corpo em várias posições. Trata-se de uma versão moderna dos antigos carregadores de bebês utilizados há séculos por diversas culturas (indígenas, africanas, asiáticas e indo-americanas). Instintivamente, esses povos descobriram que a relação mãe-bebê, quando prolongada para fora do útero, proporciona à criança um desenvolvimento de forma saudável e segura.

O uso de slings é permitido desde os primeiros dias de vida do bebê até crianças com aproximadamente 3 anos (consulte o peso máximo nos manuais dos fabricantes). As posturas adotadas pelo bebê nos cangurus e slings e a postura de quem leva o bebê são as principais diferenças entre eles.

Além de agradável e prático, o babywearing proporciona diversos benefícios para a mãe, como o aumento da ligação materna e maior facilidade na amamentação, diminuindo assim a incidência de depressão pós-parto e doenças psicossomáticas na mãe. Da mesma forma, o pai carregando o bebê beneficia-se com o aumento do vínculo paterno.

Babywearing

O artigo da empresa Barriga de Pano cita os benefícios para o bebê (que são ainda maiores), pois o uso do babywearing reproduz as condições do ambiente uterino proporcionando um efeito calmante nos bebês, especialmente para bebês de até três meses de idade, fase em que as crises de choro e cólicas são mais frequentes. Além disso,  transportar o bebê no colo permite que ele veja o mundo como você o vê. Quando o bebê é erguido, seu campo de visão se expande e ele passa a enriquecer suas experiências a partir da observação das atividades cotidianas de seus pais, dentro de um grupo social. Dessa forma, você estará ajudando a constituir um poderoso estímulo ao desenvolvimento cognitivo e social de seu bebê.

Hoje, sem sombra de dúvida, escolheria o sling para carregar o próximo rebento. E agora, que entendo um pouquinho mais sobre o uso do sling, incentivo seu uso. Assim, trago neste post, informações sobre a Semana Internacional de Incentivo ao Sling, que acontecerá de 4 a 10 de outubro de 2015, em São Paulo.

Babywearing

Não é moradora da capital paulista e deseja informações sobre os eventos da Semana Internacional de Incentivo ao Sling da sua cidade? Acesse a Fan Page da empresa Mamy Mamy, clicando aqui, e consulte.

Um abraço,

Mari.